Economia

Brasileiros que não poupam para aposentadoria somam 61,5 milhões, segundo Anapar

27 dez 2018, 17:10 - atualizado em 27 dez 2018, 17:10

Dinheiro

Uma pesquisa inédita feita pela Anapar (Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão) e encomendada ao Instituto FSB Pesquisa revelou que 61,5 milhões de brasileiros não guardam dinheiro para a aposentadoria, sendo os principais motivos a renda insuficiente, as despesas e o alto grau de endividamento.

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Dentre os 150 milhões de brasileiro com mais de 16 anos, 75% – 112 milhões – dizem ter dívidas. 33% afirmam estar endividados e 63% se declaram com renda insuficiente.

Os que guardam dinheiro representam somente 13% do total, enquanto 34% poupam de vez em quando. Destes dois grupos, 69% poupam até R$ 300 por mês, 46% afirmam juntar dinheiro apenas quando sobra, 25% separam uma parte assim que recebem e 17% deixam de comprar alguma coisa para poupar. 51% dizem não guardar dinheiro.

A principal finalidade do dinheiro guardado vai para possíveis eventualidades, segundo 14% das respostas. 13% poupam para viagens, 11% para realizar o sonho da casa própria e 10% para a educação dos filhos.

Dívidas

As dívidas são uma das principais causas que impossibilitam o brasileiro de poupar dinheiro. Três em cada quatro brasileiros possuem dívidas, sendo que 36% estão pagando empréstimos, 22% têm financiamento de automóvel e 9% de imóveis. A maioria das pessoas endividadas é do sexo feminino, correspondendo a 54% do total. 64% estão com 45 anos ou mais.

Dentre os endividados, 68% são trabalhadores ativos, 21% estão aposentados e 4% se encontram desempregados. 74% têm conta no banco. Quando questionados se contribuem para a Previdência Social, 61% responderam que não.

Trabalho informal

O número de casos de informalidade vem crescendo ultimamente. Dos 97,5 milhões de trabalhadores remunerados, 52% são informais. Dentre eles, 33% ganham até dois salários mínimos, 31% recebem de dois a cinco salários, 5% de cinco a dez salários e somente 1% é remunerado com mais de dez salários.

O grau de preocupação sobre “não conseguir parar de trabalhar” entre os trabalhadores formais e informais é de 6,9 em uma escala de 0 a 10. A preocupação com os gastos com a saúde está em 6,8, enquanto que a preocupação em relação à insuficiência do benefício do INSS se encontra em 6,2.

Falta de perspectiva

Diante do quadro de grande incerteza, cresce entre a população brasileira um raciocínio mais imediatista, assim como aumenta a falta de perspectiva sobre projetos de longo prazo, como a aposentadoria. 12% afirmam guardar dinheiro pensando justamente nisso, enquanto 21% não guardam, mas planejam guardar.

Jeitos de poupar

Dentre os brasileiros com 16 anos ou mais, 40% possuem alguma aplicação financeira. 37% colocam seu dinheiro na poupança e 7% usam planos de previdência complementar. Apenas 5% aplicam em fundos de investimentos e 2% realizam investimentos no mercado imobiliário. Só 29% dos que aplicam dinheiro conhecem as regras de seus investimentos.

O valor médio poupado é de R$ 341. A média do dinheiro guardado para aposentadoria fica em torno de R$ 285 ao mês.

Influência

A opinião de amigos e familiares continuam tendo mais influência sobre os entrevistados. 54% dizem escutar mais os companheiros quando o assunto é o que fazer com o dinheiro. 34% vão pela opinião dos filhos, enquanto 16% e 10% seguem as dicas dos pais e dos amigos, respectivamente.

Os especialistas em finanças e os consultores financeiros apresentam somente 3% das respostas. O gerente do banco é citado por apenas 2% dos entrevistados. A influência das redes sociais é ainda mais baixa, apenas 1%.

O uso da internet para assuntos relacionados a dinheiro continua sendo pequena. 69% possuem conta no banco, porém, 37% são “bancarizados”, mas não utilizam os serviços bancários pela internet. 25% não possuem conta em banco e 7% não sabem ou não responderam.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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