Brasileiros precisam recorrer a bicos para complementar renda, aponta pesquisa
Apenas o trabalho formal não tem sido o suficiente para sustentar 45% dos brasileiros, aponta pesquisa do Ipec Inteligência em Pesquisa e Consultoria) em parceria com o Instituto Cidades Sustentáveis.
O número corresponde a 70,2 de milhões de brasileiros, que recorrem a bicos para complementar a renda.
Para a pesquisa, foram coletados depoimentos de 2 mil brasileiros com mais de 16 anos nas 5 regiões do país, no período 1 e 5 de abril de 2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Os bicos mais comuns
Segundo o estudo, os bicos mais comuns entre os brasileiros são:
- Serviços gerais (faxina, manutenção, entre outros)
- Produção de alimentos em casa para vender
- Vender artigos e roupas usadas
- Cuidar de idosos
- Atuar como motorista de aplicativo
- Trabalho manual (como confecção e venda de bijuterias)
- Serviços de beleza
- Vendedor ambulante
- Babá
- Revender cosméticos ou produtos de beleza
- Segurança de estabelecimentos
Os dados apontam que os bicos são mais comuns nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, com 49% dos brasileiros realizando atividade informal.
Aumento da pobreza e da fome
O estudo mapeou ainda que a fome a pobreza aumentaram visivelmente para 75% dos brasileiros, quase 126 milhões de pessoas.
Isso porque o estudo aponta e 47% dos entrevistados têm visto ou conhece alguém com dificuldades para comprar comida e 37% notaram o aumento da população que vive nas ruas.
Além disso, 29% notaram o aumento de trabalhadores ambulantes em semáforos, enquanto 17% notaram expansão de favelas, ocupações e barracos em suas regiões.
Alimentação leva brasileiros à inadimplência
O peso no bolso do brasileiro com a alta dos preços dos alimentos levou ao crescimento do número de inadimplentes, aponta pesquisa da Boa Vista, empresa especializada em inteligência financeira e análise de crédito.
A pesquisa aponta que, no primeiro semestre deste ano, 18% dos inadimplentes no Brasil deixou de pagar as despesas com alimentação. Trata-se da maior porcentagem nos últimos 5 anos.
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