Brasileiros já pagaram R$ 2 trilhões em impostos no ano; 37% do valor é de São Paulo
Desde janeiro, os impostos pagos pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estaduais e municipais somam R$ 2 trilhões.
De acordo com os cálculos do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a marca foi atingida nesta quarta-feira (14), às 14h04. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária.
Isso indica que os brasileiros estão pagando mais impostos, já que, no ano passado, o montante foi atingido em 13 de outubro.
Marcel Solimeo, economista da ACSP, destaca que a antecipação do montante está relacionada ao aumento dos preços e à melhora do nível de atividade econômica nos últimos doze meses.
No entanto, o corte no ICMS sobre os combustíveis e de energia elétrica deve provocar uma desaceleração do ritmo da arrecadação até o fim do ano.
“Se observada a receita tributária total nos últimos doze meses, verifica-se que ela acompanha o comportamento da inflação. Nesse período, a arrecadação dos estados e municípios cresceu mais do que a da União porque seus impostos, ICMS e ISS, estão ligados ao fator consumo”, afirma.
Estados
No período, o estado de São Paulo arrecadou R$ 712,9 bilhões, o que representa 37,39% do total arrecadado em todo o país. Em seguida, aparece o Rio de Janeiro, com 13,78% das arrecadações – equivalente a R$ 272,6 bilhões.
Por outro lado, Roraima foi o estado que menos arrecadou entre janeiro e setembro: R$ 2,53 bilhões, ou 0,10% do total. Também aparece entre os menores montantes o Amapá, com R$ 2,64 bilhões arrecadados (0,11%).
Confira o total de cada Unidade da Federação
UF | Valor (R$ bilhões) | Arrecadação/Brasil |
São Paulo | 712,9 | 37,39% |
Rio de Janeiro | 272,6 | 13,78% |
Minas Gerais | 147,8 | 7,05% |
Distrito Federal | 124,5 | 6,67% |
Rio Grande do Sul | 115 | 5,67% |
Paraná | 111,5 | 5,59% |
Santa Catarina | 83,6 | 3,91% |
Bahia | 64,4 | 2,92% |
Pernambuco | 46,8 | 2,23% |
Goiás | 41,6 | 1,97% |
Ceará | 37,5 | 1,74% |
Espírito Santo | 31,6 | 1,65% |
Pará | 30,5 | 1,44% |
Mato Grosso | 29,2 bi | 1,25% |
Mato Grosso do Sul | 21,4 | 0,99% |
Maranhão | 18,9 | 0,81% |
Paraíba | 14,89 | 0,67% |
Rio Grande do Norte | 14,3 | 0,64% |
Piauí | 11,1 | 0,46% |
Alagoas | 10,4 | 0,45% |
Sergipe | 9,50 | 0,43% |
Rondônia | 8,61 | 0,40% |
Tocantins | 7,13 | 0,28% |
Acre | 3,25 | 0,16% |
Amapá | 2,64 | 0,11% |
Roraima | 2,53 | 0,10% |
Poder de compra
De acordo com a ACSP, com o valor arrecadado nos primeiros nove meses do ano é possível comprar 4,59 bilhões de cestas básicas e pagar e 64,5 milhões de carros do modelo Mobi 1.4, da Fiat.
Além disso, se aplicado na poupança, o valor renderia R$ 11,6 bilhões por mês. Também seria possível receber 10 salários mínimos (que está em R$ 1.212) por mês durante 17 milhões de anos.
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