Economia

Brasileiro precisaria ganhar quase cinco vezes mais para bancar cesta básica inflacionada

09 nov 2024, 11:49 - atualizado em 09 nov 2024, 11:49
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O salário mínimo do brasileiro precisaria aumentar 4,79 vezes para conseguir bancar cesta básica atual. (Imagem: Pixabay/Alexas_Fotos)

Em outubro, a inflação subiu 0,56% e os brasileiros sentiram a alta. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor da cesta básica aumentou nas 17 capitais avaliadas.

Com isso, o salário mínimo para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.769,87, 4,79 vezes o mínimo atual de R$ 1.412. O valor mínimo necessário avançou em relação ao do mesmo período do ano passado, quando seria necessário um salário de R$ 6.210,11.

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Para conseguir bancar os produtos da cesta básica, foi necessária uma jornada de em média de 105 horas e 14 minutos, uma redução em relação a outubro de 2023, quando eram necessárias 107 horas e 17 minutos.

Os brasileiros também precisaram destinar mais de seus salários para adquirir produtos alimentícios básicos, 51,72%, um aumento de 1,48 ponto percentual em relação ao mês passado. Em outubro de 2023, o percentual ficou em 52,72%.

Um dos itens que mais pesou na cesta básica foi o quilo da carne bovina de primeira, que subiu em todas as cidades. “As estiagens e as queimadas prejudicaram o pasto. Os bois em confinamento não foram suficientes para manter o nível de oferta e os preços no varejo aumentaram”, destaca o Dieese.

Outro destaque ficou para o aumento no preço médio do óleo de soja. O motivo é que o aumento da demanda por óleo bruto manteve elevado o volume exportado e, apesar das expectativas positivas em relação à produção de soja no país, no varejo, o preço do óleo seguiu em alta.

Veja as cidades onde a cesta básica mais subiu

As maiores altas nos preços dos procutos que compõe a cesta básica foram registradas em Campo Grande (5,10%), Brasília (4,18%), Fortaleza (4,13%), Belo Horizonte (4,09%), Curitiba (4,03%) e Natal (4,01%).

No entanto, São Paulo foi a capital onde os alimentos básicos apresentaram o maior custo, de R$ 805,84. Em seguida, estão Florianópolis, Porto Alegre (R$ 774,32) e Rio de Janeiro (R$ 773,70).

Já nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 519,31), Recife (R$ 548,19) e Salvador (R$ 560,65).

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