Consumo

Brasileiro está viajando mais e gastando bem em seus momentos de lazer

24 ago 2021, 14:41 - atualizado em 24 ago 2021, 14:41

A viagem dos sonhos, o happy hour com os amigos e tantos outros projetos que tiveram que ficar parados por conta da pandemia de Covid-19 dão indícios de retorno.

Consumo em bares, cinemas, parques, combustíveis, pedágios e até multas de trânsito voltaram a crescer, conforme aponta o terceiro relatório de Análise do Comportamento de Consumo do Itaú Unibanco (ITUB4), relativo ao segundo trimestre de 2021.

Outros segmentos como o de viagens e hotelaria também estão em aquecimento, indicando que o brasileiro está retomando a rotina, em modo “novo normal”.

Com os aprendizados de convívio neste contexto, a vacinação em curso e a flexibilização das medidas de isolamento social, o comércio se mostra em recuperação.

O turismo, que teve queda de 90% no faturamento no pior momento da pandemia, está entre os ramos que iniciam esse processo de retorno, com crescimento de 257,3% no segundo trimestre de 2021, na comparação com o mesmo período de 2020.

As companhias aéreas e o setor hoteleiro, considerando hotéis, motéis e pousadas, foram os que mais se destacaram e registraram um aumento três vezes maior do que no ano anterior, com crescimento de 237,1% e 255,8% respectivamente.

Apesar deste desempenho, é importante ressaltar que o consumo no setor ainda está abaixo dos patamares pré-pandemia.

Mais lazer e bem-estar

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Consumo relacionado às atividades de bem-estar, como spas, centros estéticos, massagistas e manicure, tiveram aumento de 90,7% no trimestre passado (Imagem: Facebook/Espaçolaser)

As pessoas se cuidaram e se divertiram mais no período visado pelo estudo. O consumo relacionado às atividades de bem-estar, como spas, centros estéticos, massagistas e manicure, tiveram aumento de 90,7% no segundo trimestre, ante igual intervalo de 2020.

Os bares, tão prejudicados pela pandemia, voltaram a ver as suas mesas mais animadas e tiveram crescimento de 153,5%, sinalizando aceleração do setor.

Destaque também para o segmento de lazer, considerando clubes, cinema, teatro, boliche, sinuca, além de parques e escolas de dança. Nesse setor, houve crescimento de 176,6% no faturamento, no segundo trimestre de 2021, na comparação com igual período de 2020.

Outro segmento que indica retomada é o de locomoção e transporte (transporte de passageiros, postos de combustíveis, recarga de cartões como o Bilhete Único, multas de trânsito, estacionamentos e pedágios), que apresentou aumento de 98,4% no segundo trimestre deste ano, com relação ao ano anterior.

Mais uma constatação interessante está relacionada aos serviços de mudança, que tiveram salto de 67,1% — o que sugere que as pessoas estão buscando residências com mais espaço e/ou conforto, para um home office mais agradável.

Compras no ambiente físico voltam a crescer

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Compras realizadas fisicamente no segundo trimestre do ano voltaram a crescer (Imagem: Via Varejo/ Bruno Carachesti)

Com o relaxamento das medidas de isolamento social, as compras realizadas fisicamente no segundo trimestre do ano voltaram a crescer e representaram 78,9% das transações, contra 21,1% no online.

Na comparação com igual intervalo do ano anterior, houve um crescimento de 47,2% nas compras efetuadas no ambiente físico, e 43,2% no online — em faturamento.

No ambiente físico, os segmentos que apresentaram maior crescimento no segundo trimestre de 2021 foram os atacadistas — com um aumento de 35,4% ante 2020 e lojas de materiais de construção – com elevação de 31,6% na comparação com 2020.

Vestuário e lojas de departamento apontaram recuperação neste período do estudo. Enquanto vestuário teve queda de 67,6% em 2020 ante 2019, na comparação de 2020 com 2021 apresentou crescimento de 162,1%.

Por sua vez, as lojas de departamento, que tiveram decréscimo de 33,7% em 2020 com relação a 2019, apontaram aumento de 40,2% na comparação de 2021 ante 2020.

Itens de saúde, bem-estar e pet lideram na internet

Petz
Dentre as compras online, no segundo trimestre de 2021 sobressaem os setores de saúde, bem-estar e veterinários (Imagem: YouTube/Petz)

Mesmo com a reabertura dos estabelecimentos físicos, as compras online entraram na rotina de muitos brasileiros e se mantêm em um patamar significativo: 21,1% das aquisições foram realizadas nesta modalidade.

O valor transacionado no consumo online no segundo trimestre de 2021 teve um crescimento de 43,2%, na comparação com igual período de 2020.

Dentre as compras online, no segundo trimestre de 2021 sobressaem os setores de saúde, bem-estar e veterinários: o crescimento foi de 97,3% na comparação com igual período de 2020. Já em relação ao mesmo intervalo de 2020 ante 2019, o aumento foi de 55,6%.

Além de alimentação, que apontou um salto: de 38,2% ante 2020 e de 516,7% na comparação do segundo trimestre de 2020 com mesmo intervalo de 2019.

Ainda no online, outro destaque positivo da análise vai para os segmentos de turismo e transportes, que, apesar de não terem voltado aos patamares pré-pandemia, mostram recuperação.

O setor de turismo, que apresentou queda de 85,2% em 2020 ante 2019, apontou crescimento de 269,1% em 2021 com relação ao segundo trimestre de 2020.

E o de locomoção e transportes, que teve diminuição de 58,9% em 2020 na comparação com igual período de 2019, mostrou aumento de 92% em 2021 ante 2020.

O crescimento de jovens da geração Z (nascidos entre 2000 e 2010) que adotaram a modalidade online no segundo trimestre de 2021, na comparação com igual período de 2020, foi de 177,3% (54,1% homens; 45,9%, mulheres).

Destaque também para a geração X, com aumento de 34% (52,1% mulheres; 47,9% homens). As mulheres foram as que mais se digitalizaram e transacionaram no online, considerando todas as gerações.

O aumento mais significativo foi na geração Z: garotas nessa faixa etária aumentaram em 180% os seus gastos no online; e os garotos, 175%.

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Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
lucas.simoes@moneytimes.com.br
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