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Brasileiras tiram o pé do acelerador em fusões e aquisições, diz pesquisa

06 out 2022, 9:09 - atualizado em 06 out 2022, 9:09
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Em termos de valor, a queda foi mais intensa, de R$ 180 bilhões para R$ 101 bilhões, tombo de 44% (Imagem: Getty Images)

O número de acordos de fusões e aquisições no Brasil no primeiro semestre de 2022 caiu 7% ante 2021, passando de 116 para 108.

Em termos de valor, a queda foi mais intensa, de R$ 180 bilhões para R$ 101 bilhões, tombo de 44%. O cenário é motivado pela queda dos investimentos de empresas nacionais na aquisição de negócios.

A presença relativa das empresas estrangeiras nesses acordos no País subiu de 37%, no primeiro semestre de 2021, para 46% na primeira metade deste ano, diz relatório da RGS Partners.

O montante nessas transações não aumentou, mas as empresas estrangeiras foram mais constantes do que as brasileiras nas aquisições. Esse cenário fez a participação financeira subir de 19%, nos primeiros seis meses de 2021, para 25% ante o mesmo período de 2022.

O maior acordo com empresa estrangeira ocorreu em junho, com a venda, por R$ 3,5 bilhões, de parte da Unidas Rent a Car a um fundo administrado por afiliadas da canadense Brookfield Asset Management.

Um mês antes, a americana Darling Ingredients, especializada na reutilização de resíduos de origem animal para produção de insumos para alimentos e rações, anunciou a compra do Grupo Fasa, do mesmo segmento, por R$ 2,8 bilhões.

Em operações locais, o maior negócio do semestre foi o acordo de fusão de R$ 15,5 bilhões entre SulAmérica (SULA11) e Rede D’Or (RDOR3)

Para Guilherme Stuart, sócio-fundador da RGS Partners, devido às mudanças nas empresas em função da tecnologia a competitividade pode vir apenas das aquisições. Por isso, as agendas continuaram e devem se manter ativas em 2022, mesmo com as eleições presidenciais e o cenário macroeconômico desafiador. “Houve uma redução importante dos investimentos em relação a 2021, devido à inflação, à taxa de juros e à guerra na Ucrânia”, diz.

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Eleições

Com a definição das eleições presidenciais, Stuart não vê um aumento de aquisições de empresas brasileiras por companhias internacionais.

Para ele, o interesse em países como o Brasil é de longo prazo, e os investidores só tendem a se afastar de países não democráticos. “Não há indicações claras de que haverá um destravamento de investimentos com o fim das eleições.

No mercado de aquisições, não houve, como nas últimas duas eleições, uma pausa. O Brasil não vai ser radicalmente transformado por um candidato ou por outro, e isso é bom”, diz. “O Brasil não é perfeito, mas é melhor do que muitos lugares.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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