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BrasilAgro (AGRO3): XP espera um fim de ano fraco, por menores margens; confira prévia do 4T24

29 ago 2024, 17:01 - atualizado em 29 ago 2024, 17:01

Na próxima semana, a BrasilAgro (AGRO3) divulga seus resultados referente ao quarto trimestre de 2024.

Para os analistas da XP Investimentos, a empresa reportará um final de ano fraco, com receita líquida de R$ 219 milhões, queda de 17% anualmente, impulsionada principalmente por preços mais baixos, embora esperem um aumento nos volumes seguindo a estratégia de comercialização.

Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak projetam um Ebitda ajustado de R$ 30 milhões, queda de 54% ano a ano, principalmente devido às margens fracas da soja, embora com margens da cana-de-açúcar ainda sólidas, embora menores anualmente.

“Do lado positivo, as operações de cana-de-açúcar não foram afetadas pelos incêndios generalizados, embora destaquemos que o risco não se dissipou, uma vez que a perspectiva de clima seco permanece. Para o futuro, esperamos que os custos diminuam, o que deve se traduzir em margens melhores, embora não empolgantes. Mantemos nossa recomendação neutra e preço-alvo de R$ 29,70 (potencial de alta de 15,34%)”.

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AGRO3: valorização de terras não deve ser catalisador

Os analistas comentam que a recente avaliação de terras da SLC Agricola (SLCE3), em torno de 7%, foram uma surpresa, já que esperavam preços de terras mais baixos devido à pressão sobre as margens agrícolas, impulsiona, segundo eles, pela valorização do portfólio localizado no estado da Bahia.



“Devido à menor exposição da BrasilAgro à Bahia, acreditamos que a reavaliação das terras da empresa provavelmente será de neutra a ligeiramente positiva e, portanto, não deve ser um catalisador para as ações”, dizem.

Apesar disso, os analistas continuam cautelosos com a tese de investimento, especialmente devido à nossa visão pessimista sobre os grãos, o que provavelmente manterá as margens agrícolas pressionadas.

“No entanto, a empresa foi bem-sucedida em sua estratégia de reciclagem de portfólio, o que, em última análise, levou a pagamentos de dividendos acima do esperado nos últimos anos”, explicam.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.