BrasilAgro (AGRO3): Novas vendas de fazenda em 2024? CFO cita perspectivas e pagamento de dividendos
Nesta quinta-feira (16), o Agro Times conversou com exclusividade com o Gustavo Javier Lopez, CFO e diretor de relações com investidores da BrasilAgro (AGRO3), que comentou sobre os resultados da empresa no primeiro trimestre da safra 2023/2024 (1T24).
Perguntado sobre a possibilidade da empresa realizar novas vendas de fazenda em 2024, ressaltou a parte imobiliária da companhia.
“A BrasilAgro, nas nossas metas de curto, médio e longo prazo, busca sempre ter uma rotação de portfólio. Nos últimos 3 anos e meio vendemos mais de R$ 1,5 bilhão e a gente tem comprado fazendas na Bolívia e Mato Grosso, buscando sempre essa rotação”, argumenta.
Para ele, quando uma fazenda já não tem uma cultura que não agregue um valor adicional, é momento de vender e buscar valor em outra propriedade.
“Dessa maneira, acreditamos na possibilidade de realizar uma nova venda aqui no Brasil e também no Paraguai em 2024”, explica.
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Quanto a compra de fazenda, Lopez cita que o objetivo da empresa é ter 50% do portfólio em áreas próprias e 50% em áreas arrendadas.
“Hoje temos 43% da nossa produção está em áreas arrendadas e há espaço para crescer. Do ponto de vista de compra, buscamos boas oportunidades, pensando que houve uma queda dos preços das commodities, principalmente para soja. Vamos ser bem vendedores e vamos estudar a compra de novas fazendas”, discorre.
E os dividendos?
Recentemente, a BrasilAgro confirmou aos seus acionistas uma data para o pagamento de R$ 320 milhões em dividendos.
Apesar de não terem uma política definida, Lopez cita os pagamentos recorrentes nos últimos anos.
“Sempre ressaltamos aos investidores, principalmente aos de médio longo-prazo, que os dividendos são um ponto-chave para que eles mantenham os ativos. Buscamos sempre sermos um pouco mais agressivos e quando temos bons anos imobiliários entendemos que devemos pagar mais, buscando sermos bons pagadores de dividendos”, discorre.
Em sua visão, o que joga a favor é da empresa é a baixa alavancagem e R$ 700 milhões por recebíveis de fazendas, “valores que sempre tentamos repartir aos investidores”.
Você confere essa entrevista completa no YouTube do Money Times na semana que vem.