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BrasilAgro (AGRO3) divulga guidance para o ano-safra 2024/2025; veja estimativas

04 set 2024, 8:05 - atualizado em 04 set 2024, 8:05

BrasilAgro (AGRO3) divulgou, na terça-feira (03), as estimativas iniciais das operações agrícolas para o ano-safra 2024/2025 (guidance). Conforme o documento, a empresa espera aumentar em 4% a área plantada, totalizando uma superfície de 178.909 hectares.

A companhia destaca que encerrou a safra 23/24 com uma redução de 8% na área total plantada em relação à estimativa inicial, reflexo da alta volatilidade nos preços do milho, o que levou a uma readequação estratégica do mix de produtos e à diminuição da área destinada ao cultivo de milho.

“Além disso, devido às condições climáticas adversas durante a janela ideal, deixamos de plantar áreas de milho e soja na Bahia e no Paraguai”, dizem.

Em relação à produção por cultura, a produção de grãos e algodão ficou 33% abaixo do estimado, devido à redução da área plantada, que representa aproximadamente 98,8 mil toneladas, adventos climáticos e manejo da lavoura durante o desenvolvimento das culturas.

Para a safra 24/25, as perspectivas da companhia são otimistas, com previsões climáticas mais favoráveis e menores atrasos nas chuvas, o que deve ajudar o plantio na janela ideal. A BrasilAgro estima aumentar em 34% a produção, chegando a 403.917 toneladas.

Em abril, a empresa iniciou a colheita da safra 2024 de cana-de-açúcar. Até 30 de junho de 2024, foram colhidas 496,5 mil toneladas, registrando TCH (toneladas colhidas por hectare) de 86,15. Até dezembro, a expectativa é de que sejam colhidas 2.076.046 toneladas.

Na pecuária, a empresa teve redução na produção de carne e no ganho de peso por hectare, explicada principalmente pela perda de qualidade e morte das pastagens na Bahia. Para a Safra 24/25, a estimativa é de que a produção atinja 2,5 milhões de kg.

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Trimestre da BrasilAgro

Além do guidance, a companhia divulgou um lucro líquido total de R$ 232,85 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24) do ano-safra, o que representa um recuo anual de 4%.

Já do lado operacional, a companhia teve prejuízo líquido de R$ 10,8 milhões. O valor diminuiu em 87%, frente à perda de R$ 85,8 milhões anunciada um ano antes.

Ebitda ajustado total (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 263,39 milhões no período, queda de 30% na comparação anual.

Já a receita líquida somou R$ 519,72 milhões e também apresentou uma baixa de 23% ante os R$ 673,51 milhões reportados há um ano.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.