BrasilAgro (AGRO3) deve ter melhora no 2T25, mas XP cita 3 motivos que impedem gatilho para ação; veja
A XP Investimentos projeta que a BrasilAgro (AGRO3) reporte um segundo trimestre da safra 2024/2025 (2T25) melhor que do ano passado (2T24).
Com volumes melhores e preços mais atrativos, os analistas projetam uma receita líquida de R$ 155 milhões (+3% ano a ano) e um desempenho operacional com Ebitda ajustado de R$ 38 milhões (ante R$ 17 milhões negativos do 2T24). A recomendação para ação segue neutra, com preço-alvo de R$ 29,70 e potencial de alta de 32,29%.
Apesar disso, Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak não esperam um catalisador para ações por três fatores:
- Cenário pessimista para grãos;
- O mercado ainda está penalizando players mais ilíquidos em meio ao desafiador cenário macroeconômico;
- Enxergam espaço limitado para novas vendas de terras após o aumento das taxas de juros.
Por dentro dos números da BrasilAgro
Para a soja, devido a preços e volumes mais altos, a XP projeta uma receita líquida de soja de R$ 49 milhões (+54% ano a ano).
“Embora melhor, as margens ainda não devem ser empolgantes, já que os preços das safras antigas ainda refletiam o baixo do ciclo da commodity. No algodão, estimamos um trimestre estável ano a ano, o que se traduz em receita líquida de vendas de R$ 20 milhões”, explicam.
Na cana-de-açúcar, com aumento de área e aumento de produtividades, a XP projeta um desempenho sólido para esta safra. No geral, eles estimam receita líquida de R$ 62 milhões (+75% ano a ano).
“Apesar de esperar um melhor desempenho agrícola em todas as linhas, esperamos que o Brasil colha uma safra recorde de soja, o que deve manter a perspectiva de oferta e demanda desequilibrada e pressionar ainda mais os preços. Na última publicação, a BrasilAgro havia protegido apenas cerca de 35% de sua safra de soja 2024/25, enquanto não havia protegido volumes para a safra 2025/26”.
Nesta terça-feira (4), AGRO3 encerrou as negociações na B3 com as ações em queda de 0,18%, a R$ 22,38.