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BrasilAgro (AGRO3) deve começar safra com resultados fracos, aponta XP

05 nov 2024, 11:47 - atualizado em 05 nov 2024, 11:47
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(iStock.com/fotokostic)

Na quarta-feira (6), a BrasilAgro (AGRO3) reporta seus números referentes ao primeiro trimestre da safra 2024/2025 (1T25). Embora melhores na comparação com o 1T24, a expectativa da XP Investimentos é de que a empresa reporte um início de temporada fraco.

As margens agrícolas devem se recuperar refletindo custos mais baixos e melhores preços (especialmente na cana-de-açúcar), embora fiquem provavelmente abaixo do potencial, já que os preços ainda estão pressionados.

Os analistas esperam uma receita líquida de R$ 334 milhões (+23% ano a ano, sendo R$ 164 milhões de cana-de-açúcar e R$ 115 milhões de soja) e Ebitda ajustado agrícola de R$ 46 milhões (+94% A/A). A casa mantém recomendação neutra para ação (preço-alvo de R$ 29,70 e potencial de alta de 25,42%).

“Acreditamos que os resultados atingiram o fundo na última safra e devem se recuperar nos trimestres seguintes. No entanto, permanecemos cautelosos com a tese de investimento, particularmente devido à nossa postura conservadora sobre os preços dos grãos, e à um valuation não atrativo”, explicam Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak.

AGRO3: Recuperação e vendas de fazendas

A melhora para receita líquida (R$ 334 milhões) se dá principalmente por:

  1. R$ 164 milhões de cana-de-açúcar, que deve enfrentar volumes de ~1 milhão de toneladas e melhores preços;
  2. R$ 115 milhões de soja refletindo volumes mais altos, mas preços mais fracos;
  3. R$ 16 milhões de milho, com volumes diminuindo de ~50 mil toneladas para ~25 mil toneladas.

A XP espera uma melhora da margem bruta agrícola refletindo melhores preços da cana-de-açúcar, além de custos mais baixos em todas as linhas.

Os analistas se mantêm cautelosos com a tese de investimento, particularmente devido à visão pessimista sobre os grãos, que provavelmente manterá as margens agrícolas pressionadas.

“No entanto, a companhia provou ser bem-sucedida em sua estratégia de reciclagem de portfólio, o que, em última análise, levou a pagamentos de dividendos superiores ao esperado nos últimos anos”.

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