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BrasilAgro (AGRO3) avança na cana e eleva portfólio em 7 mil hectares, com investimentos de R$ 70 milhões

15 mar 2024, 18:18 - atualizado em 15 mar 2024, 18:18
brasilagro cana-de-açúcar
A operação, que deve contar com investimento total em torno de R$ 70 milhões, representa um aumento de 5% da área plantada da BrasilAgro (Foto: REUTERS/Marcelo Texeira)

A BrasilAgro (AGRO3) anunciou um arrendamento que acrescentará pouco mais de 7 mil hectares ao portfólio para produzir cana-de-açúcar, em um movimento de diversificação da receita.

A fazenda, localizada em Brotas, interior de São Paulo, permitirá à companhia entrar para o mercado de produção de açúcar.

A negociação representa um aumento de 5% da área plantada, projetada em 172,4 mil hectares para a safra 2023/24. O anúncio também marca a entrada da empresa no Estado de São Paulo, um dos principais polos sucroenergéticos do país.

“O mercado internacional de açúcar tem se mostrado atraente, além de permitir uma flexibilidade para os resultados da companhia e, desde o ano passado, temos dedicado esforços para ampliar o portfólio, de olho neste segmento”, afirma André Guillaumon, CEO da BrasilAgro.

Segundo a empresa, a posse da fazenda ocorrerá de maneira escalonada. Serão 5,06 mil hectares arrendados em 2024, e o restante até 2029.

“Estamos confiantes de que a expertise do nosso time, somada ao potencial da região de Brotas, resultará em um grande sucesso”, celebra Guillaumon.

A cana cultivada na área arrendada será destinada a uma usina da região que atua na produção de açúcar e etanol, o que otimiza o processo logístico e impacta também na redução de custos.

“Com esta operação em São Paulo, seremos remunerados por um mix de etanol e açúcar, o que nos dará mais segurança e previsibilidade. O açúcar é uma commodity global, menos volátil que o etanol. Teremos a oportunidade de realizar hedge do açúcar ou do preço do ATR, o que nos protege frente às oscilações de mercado”, afirma Guillaumon.



Atualmente, a BrasilAgro produz alimentos fibras e bioenergia em cinco estados brasileiros, além do Paraguai e da Bolívia. Quase 21 mil hectares do portfólio da empresa estão dedicados ao cultivo de cana-de-açúcar.

No último ano, a empresa colheu 2 milhões de toneladas, com uma produtividade média de 79,07 toneladas por hectare. De acordo com a companhia, o investimento deve girar em torno de R$ 70 milhões, até chegar aos 7 mil hectares.

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