Brasil tenta atrair sócio privado para comprar 20% de Angra 3 e desencalhar obras
O Conselho do Programa de Parceria de Investimentos (CPPI) vai deliberar na quarta-feira sobre o relatório do Comitê Interministerial que trata do modelo operacional e jurídico para viabilização da usina nuclear de Angra 3, cujas obras estão paralisadas aguardando uma solução para a retomada do empreendimento.
A informação consta de nota divulgada nesta terça-feira pela Eletrobras, que afirmou ter recebido ofício enviado pelo Ministério de Minas e Energia sobre o assunto.
Pelo modelo de negócios que chegou a ser discutido, um sócio privado entraria com cerca de 20% do investimento necessário para a conclusão das obras.
O país tem buscado há décadas terminar as obras da usina de Angra 3, que terá 1,4 gigawatt em capacidade quando em operação, e empresas de China, Rússia, França e Coreia do Sul estão entre as candidatas a possíveis parceiras.
A construção, planejada originalmente nos anos 80 e retomada em 2009, foi paralisada no final de 2015. Agora, a expectativa é de recomeço dos trabalhos ainda neste ano, após um longo atraso causado por dificuldades financeiras da Eletrobras e investigações de corrupção.
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., estimou no ano passado que o empreendimento ainda precisaria de investimentos superiores a 15 bilhões de reais para ser concluído, além dos mais de 10 bilhões de reais já aportados até o momento.