Brasil tem “pré-condições” para encarar aperto na liquidez global, avalia GTI
André Gordon, sócio-fundador da gestora de recursos independente GTI, avalia que o Brasil tem as “pré-condições para enfrentar com certo conforto” um eventual aperto na liquidez global derivado do processo de alta dos juros nos Estados Unidos.
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Para o economista, o País atravessa um momento diferenciado em relação aos demais países emergentes, com a menor taxa de juros das últimas décadas e retomada da atividade econômica, com a inflação sob controle.
“E isso em meio a importantes reformas constitucionais que objetivaram o reequilíbrio fiscal e o saneamento do setor público”, diz ele em carta da gestora enviada a clientes.
Da política monetária para o comércio global, o gestor vê com ceticismo a possibilidade de uma “guerra tarifária” deflagrada após de decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de adotar tarifas protecionistas para a importação do aço e do alumínio.
“Os EUA têm grandes déficits com a maioria das nações, de forma que medidas retaliatórias não fariam muito sentido.”
Locamerica
Na carta, Gordon também comentou sobre o case de Locamerica (LCAM3), “um dos mais bem sucedidos casos de investimento da GTI”. Depois da ação multiplicar por oito em pouco mais de quatro anos, o gestor optou por trocar o ativo por “outro no setor de varejo menos discricionário”.
“Diferentemente da fusão com a Ricci, empresa que atuava no mesmo segmento de aluguel de frotas, o desafio com a Unidas será maior, visto que a operação de varejo apresenta outro tipo de complexidade”, observa o sócio-fundador da GTI.
Em fevereiro, o fundo de ações GTI Dimona Brasil rendeu 2,31%, enquanto o Ibovespa teve alta de 0,52%.