Brasil tem instituições democráticas sólidas, diz ministro na Europa
Em viagem pela Europa, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, reiterou hoje (11) confiabilidade do processo eleitoral brasileiro, a pouco mais de duas semanas do segundo turno das eleições presidenciais. Questionado, em Madri, se há ameaças à democracia e à preservação dos direitos humanos, dependendo do próximo presidente eleito, ele destacou que o país tem democracia consolidada. Os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) disputam o pleito no dia 28.
“É um sistema eleitoral cujo resultado é muito confiável”, afirmou o ministro em entrevista coletiva. “O Brasil é um país com instituições democráticas sólidas, sistema judiciário independente e imprensa livre”, completou.
O ministro viaja para a Espanha com o objetivo de negociar os termos do acordo entre Mercosul e União Europeia.
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Retrocessos
Questionado se há possibilidade de retrocesso no tratamento dados aos direitos humanos e às minorias, Aloysio Nunes ressaltou que a legislação brasileira é sólida e que há compromissos internacionais que preservam a área.
“Nossa legislação é exemplar. Não é apenas baseada em normais baseada em normas federais e constitucionais”, afirmou. “Não é a mudança de um governante que vai mudar para cá ou para lá a nossa expressão de direitos humanos. Temos compromissos internacionais muito fortes nesta matéria.”
Na entrevista, Aloysio Nunes destacou também as eleições no Brasil, com peculiaridades típicas de um país populoso e extenso. “Temos urnas que são levadas de barco a extremos da Amazônia, aldeias indígenas, e que são alimentadas por energia solar.”
O ministro aproveitou para ressaltar a importância da Espanha como parceira comercial, pois ocupa o segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos. Defendeu ainda as negociações entre Mercosul (bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que está suspensa) e União Europeia.
Aloysio Nunes ressaltou que o Mercosul pode negociar produtos e maquinários agrícolas com os europeus e que não há interesse em disputar com a indústria dos países, mas sim cooperar e compartilhar.