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Brasil tem déficit em transações correntes de US$ 2,414 bi em fevereiro, diz BC

29 abr 2022, 9:45 - atualizado em 29 abr 2022, 10:31
Banco Central
A divulgação de indicadores pelo BC tem sido comprometida pela mobilização de servidores que pressionam o governo por reajustes salariais (Imagem: Agência Brasil/Divulgação)

O Brasil registrou déficit em transações correntes de 2,414 bilhões de dólares em fevereiro, informou o Banco Central nesta sexta-feira, com impulso de remessas de lucros e dividendos ao exterior. Com isso, o déficit em 12 meses passou a 1,59% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 1,71% em janeiro.

O resultado veio pior que o déficit de 1,8 bilhão de dólares esperado por analistas em pesquisa Reuters. Por sua vez, os investimentos diretos no país (IDP) alcançaram 11,843 bilhões de dólares, ante expectativa no mercado de 10,160 bilhões de dólares. Em fevereiro de 2021, essa conta foi de 8,837 bilhões de dólares.

A nota foi apresentada pela autoridade monetária com aproximadamente um mês de atraso e, ao contrário do que normalmente ocorre, não foram divulgadas estimativas para os resultados do mês seguinte (março).

A divulgação de indicadores pelo BC tem sido comprometida pela mobilização de servidores que pressionam o governo por reajustes salariais.

O relatório deixou de apresentar o trecho que trazia previsões para as transações correntes do mês em curso e os dados parciais de fluxo cambial.

Em fevereiro, o superávit da balança comercial foi de 3,508 bilhões de dólares, superior ao déficit de 357 milhões de dólares do mesmo mês do ano passado.

O movimento foi impulsionado por um crescimento mais forte das exportações, de 43,6%, enquanto as importações tiveram alta de 19,8%.

Dólar
Em fevereiro, o superávit da balança comercial foi de 3,508 bilhões de dólares, superior ao déficit de 357 milhões de dólares do mesmo mês do ano passado (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)

O déficit na conta de renda primária foi de 4,410 bilhões de dólares, ante rombo de 2,487 em fevereiro de 2021.

Nesse segmento, as remessas líquidas de lucros e dividendos aumentaram para 2,933 bilhões de dólares, ante 1,043 bilhão de dólares em mês equivalente do ano passado. A despesa líquida com juros, por sua vez, somou 1,5 bilhão de dólares no mês, estável na comparação anual.

Já o rombo na conta de serviços ficou em 1,777 bilhão de dólares, contra 1,416 bilhão de dólares no mesmo mês do ano passado.

Os gastos líquidos com viagens internacionais subiram a 445 milhões de dólares, de 28 milhões de dólares um ano antes.

No mês, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram 1,8 bilhão de dólares em entradas líquidas, resultado de ingressos de 4,8 bilhões de dólares em ações e fundos de investimento e saídas de 3,0 bilhões de dólares em títulos de dívida.

No acumulado de 12 meses, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de 23,2 bilhões de dólares.

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(Atualizada às 10:31)

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