Brasil puxa 2ª maior queda de expectativa econômica da América Latina desde 1989
O clima econômico da América Latina piorou entre o terceiro e quarto trimestre de 2021, puxado fortemente pelo Brasil, aponta a FGV em seu indicador Sondagem Econômica da América Latina.
Foi 2ª maior queda entre períodos trimestrais observada desde o início da série histórica, em 1989. Uma leitura pior do que a atual só foi vista no início da pandemia do coronavírus, entre o 1º e 2º trimestres de 2020.
A sondagem é composta pelo ICE (Indicador de Clima Econômico da América Latina) que, por sua vez, é o resultado da média geométrica do Indicador da Situação Atual (ISA) e o Indicador de Expectativas (IE).
O ISA registrou uma pequena queda de 1,1 ponto, ao passar de 59,1 pontos para 58,0 pontos e continua na zona desfavorável.
O que influenciou a queda desse trimestre foi o resultado do IE que despencou 45,5 pontos, ao passar de 150,6 pontos no 3º trimestre para 105,1 pontos no quarto trimestre.
Agora, na comparação entre o terceiro e o quarto trimestre, o Brasil liderou a queda na variação do ICE, 55,1 pontos. Em seguida com registros de queda estão os seguintes países: Argentina, Chile, Peru e México.
O Brasil lidera a deterioração das expectativas, 104,2 pontos, com o IE passando de 176,9 pontos para 72,7 pontos. “A magnitude da reversão das expectativas levou o país para uma zona desfavorável do clima econômico”, aponta a FGV.
No 4º Trimestre de 2021, foram consultados 151 especialistas econômicos em 15 países da América Latina.