Brasil planeja implementar cota de trigo ainda este ano
O Brasil planeja implementar, até novembro, uma cota sem tarifa para importação de 750 mil toneladas/ano de trigo de origens de fora do Mercosul, disse à Reuters nesta segunda-feira uma autoridade do Ministério da Agricultura, no intervalo de evento do setor em Campinas (SP).
Segundo o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Flávio Bettarello, a cota ajudará o Brasil a diversificar as origens do trigo importado, contemplando o cereal dos Estados Unidos e Rússia, por exemplo.
Ele disse que a Argentina, que fornece cerca de 88% do trigo que o Brasil importa, deverá continuar como o exportador importante de trigo aos moinhos brasileiros.
As compras dentro do Mercosul são isentas de tarifa.
Segundo ele, a regulamentação da cota pode acontecer por meio de uma portaria da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secint), como ocorreu recentemente para o etanol.
Ou pode ser por meio de um decreto que vai definir a nova estrutura da Câmara de Comércio Exterior (Camex), alternativa preferida pelo Ministério da Agricultura.
No início do mês, Rubens Barbosa, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), que realiza o evento em Campinas, disse a jornalistas que o setor conta com a cota sem tarifa de 10% a partir de 2020.