Economia

Brasil: PMI Composto recua de 59,4 para 55,3 em julho

03 ago 2022, 11:11 - atualizado em 03 ago 2022, 11:11
Serviços
Apesar do recuo, o índice se mantém acima da marca que separa crescimento de contração (Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

Índice Composto dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Brasil recuou de 59,4 para 55,3 no mês de julho, segundo os dados do S&P Global divulgados nesta quarta-feira (3).

Apesar do recuo, o índice se mantém acima da marca de 50, que separa crescimento de contração.

A atividade de negócios e vendas tiveram aumentos modestos em julho, apesar disso, as taxas de expansão foram muito mais altas do que suas médias de longo prazo em meio à demanda robusta. “Ainda assim, houve algumas sugestões de que as pressões inflacionárias tenham amortecido o crescimento das vendas.”

Segundo o PMI, o volume de novos pedidos aumentou pelo décimo quinto mês consecutivo em julho, em meio a relatos de recuperação da demanda. Embora os preços dos insumos tenham aumentado à taxa mais baixa em cinco meses, em parte devido a cortes dos ICMS sobre combustíveis, a recuperação foi historicamente acentuada.

Ao mesmo tempo, a inflação dos preços atingiu o nível mais baixo desde abril.

“O crescimento foi sem dúvida amortecido por fortes pressões sobre os preços, embora as empresas tenham permanecido confiantes em uma recuperação sustentada da economia ao longo dos próximos 12 meses”, disse Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence.

De acordo com a pesquisa, prestadores de serviços brasileiros indicaram um aumento das despesas operacionais no início do terceiro trimestre, com os preços de alimentos, combustíveis e serviços públicos relatados como as principais fontes das pressões inflacionárias. Destacaram ainda a valorização do dólar como razão para a elevação nos preços de insumos.

O setor industrial apresentou pouca alteração em julho, enquanto o setor de serviços caiu de 60,8 para 55,8 em julho. Mesmo com o recuo do PMI Composto, a S&P Global avalia que o crescimento da produção do setor privado no Brasil ainda mantém um ritmo de expansão substancial.

Expectativa para o futuro

O levantamento aponta que as expectativas para o futuro permanecem “extremamente otimistas”, com mais de dois terços dos participantes da pesquisa prevendo níveis de produção mais altos nos próximos 12 meses.

“De um modo geral, os participantes da pesquisa esperam que a recuperação da economia continue, contribuindo para as vendas e a atividade de negócios. Alguns também esperam um resultado positivo da eleição presidencial de outubro.”, diz.

A combinação do crescimento sólido das vendas e das visões otimistas das perspectivas sustentou um novo aumento no índice de emprego do setor de serviços no início do terceiro trimestre.

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