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Brasil Pharma tem queda de mais de 40% após conselho aprovar pedido de falência

06 jun 2019, 14:48 - atualizado em 06 jun 2019, 14:49
Ações da empresa operam com forte queda de 44,20% a R$ 0,77

Por Investing.com

Na parte da tarde desta quinta-feira na bolsa paulista, as ações da Brasil Pharma (BPHA3) operam com forte queda de 44,20% a R$ 0,77, depois de chegar a ser negociada na mínima de R$ 0,62. O conselho de administração da companhia aprovou ontem o pedido de falência da rede de varejo farmacêutico, que estava em recuperação judicial.

A decisão foi tomada porque a companhia foi “severamente afetada por diversos fatores e intercorrências nos últimos meses, que acabaram por comprometer o prosseguimento da recuperação judicial”, homologada em 2018.

Entre esses fatores, a empresa citou baixo valor arrecadado nos leilões de mercadoria e ativos, além da rápida deterioração do valor de mercado dos pontos comerciais e da suspensão do leilão da rede de drogarias Farmais.

“A companhia viu-se em cenário no qual não foi possível obter novos recursos para assegurar o cumprimento das obrigações previstas no plano de recuperação judicial, tampouco vislumbrar perspectivas de continuidade operacional da companhia.”

A administração da Brasil Pharma identificou que a rede está “impossibilitada mesmo de manter o pagamento de honorários advocatícios e de acessar seus sistemas de informática e de controle contábil, o que lhe impossibilita gerenciar suas operações e realizar o pagamento integral da folha salarial”, afirmou a companhia em fato relevante divulgado nesta quinta-feira.

A companhia disse que já está providenciando a convocação de assembleia geral extraordinária (AGE) para que os acionistas se manifestem sobre o assunto.

O grupo, dono das redes Big Ben, Farmais e Farmácia Sant’ana, foi criado como um veículo para consolidar compras de redes de drogarias regionais, mas teve problemas de integração e passou por disputas entre acionistas, além de ter dívida elevada.

O grupo é atualmente controlado pelo Stigma II LLC, da gestora Lyon Capital, que tem 94,49 por cento das ações ordinárias.

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