Brasil perde 11% de participação no índice MSCI EM desde sua criação
Além de perder espaço no bolo da economia mundial, de 6ª maior economia para 9ª em cinco anos, a participação do Brasil também diminuiu na composição do índice MSCI Emerging Markets. É a referência mais acompanhada pelos investidores estrangeiros.
A lembrança foi feita pelo diretor geral da Franklin Templeton Investments, Stephen H. Dover, em uma análise recente. “Eu acho que os mercados emergentes são apropriadamente nomeados – eles realmente estão surgindo e mudaram ao longo do tempo”, ressalta.
Ele exemplifica, por exemplo, que quando o MSCI EM foi lançado em 1988, apenas dois dos 10 países (México, Argentina, Brazil, Chile, Grécia, Jordânia, Malásia, Portugal, Tailândia e Filipinas) participantes – Brasil (18,9%) e Malásia (33,8%) – representavam mais da metade da capitalização de mercado do benchmark.
Àquela época, vale lembrar, toda a capitalização do mercado do índice era de US$ 35 bilhões e representava menos de 1% do bolo global.
2016
Agora, lembra Dover, são 23 países com uma capitalização de mercado de US$ 4 trilhões e que representa aproximadamente 10% dos mercados de ações globais. O peso de cada país também mudou muito. Hoje a Índia representa 8% e a China – quase inexistente até 1998 – atualmente responde por 27%.
Enquanto isso, o Brasil tem participação de 8%.