Brasil não definiu uso da Embraer em negociação da tarifa do aço nos EUA
Investing.com – Com a decisão dos Estados Unidos de taxar as importações de aço e alumínio do país, as ações e blocos econômicos passam a se organizar para conseguir reverter a medida por meio de negociações ou até mesmo retaliação.
No caso do Brasil, a área técnica do governo discute uma lista de itens a serem usadas em uma eventual negociação entre os países. Uma possibilidade avaliada é a elevação da taxa de importação do etanol de milho produzido por lá e também o adiamento da sanção do acordo de céus abertos. Outro ponto que pode ser colocado na mesa de negociação é a parceria entre a Boeing e a Embraer (EMBR3).
De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, “tudo” está sendo discutido e que não há uma definição de como o Brasil irá agir. Tudo está em fase embrionária, já que as negociações EUA-Brasil ainda não tiveram início.
Com isso, primeiro o Brasil deve esperar as manifestações e entendimentos das empresas americanas que serão prejudicadas com a sobretaxa do aço. Para isso, o governo brasileiro vai dar apoio a essas empresas.
Para a questão governo a governo, o Brasil busca evidenciar que as siderúrgicas dos dois países são complementares, com as empresas brasileiras exportando para lá produtos semiacabados de aço, que depois são processados pelas empresas nos EUA. Na outra mão, o Brasil importa carvão americano para suas siderúrgicas.
Por isso, em um primeiro momento o governo brasileiro não deve fazer o uso de pressão com temas mais delicados, como é o caso do etanol e também da Embraer.