Economia

Brasil mantém liderança em ranking de maiores taxas de juros

17 jun 2022, 10:14 - atualizado em 17 jun 2022, 10:14
Selic
(Imagem: Pixabay)

Na última quarta-feira (15), o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic de 12,75% para 13,25% ao ano. Isso garantiu ao Brasil manter a liderança dos países com maiores taxas de juros reais do mundo.

O levantamento da Infinity Asset, que avalia 40 países, revela que os juros reais (ou seja, já descontando a inflação) para os próximos 12 meses serão de 8,16% no Brasil. O segundo colocado, o México, está bem atrás com 4,48%.

Na outra ponta do ranking, dos países com menores juros ante a inflação, está a Argentina com -14,16%; seguida da Holanda (-6,64%).

O Brasil assumiu o topo da lista no mês passado, quando o Banco Central reajustou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual. Na época, os juros reais ficaram em 6,41%. Até então, a liderança estava com a Rússia. Veja abaixo o ranking completo:

Posição País Juros reais
Brasil  8,10%
México 4,48%
Colômbia 4,47%
Chile  3,02%
Indonésia  2,77%
Turquia 1,98%
Filipinas 1,21%
África do Sul  1,15%
Índia 1,02%
10º Hong Kong  0,55%
11º Malásia 0,38%
12º Coreia do Sul -0,02%
13º China -0,09%
14º Hungria  -0,37%
15º Israel  -0,48%
16º Suíça -0,60%
17º Nova Zelândia -0,79%
18º Japão -1,05%
19º Reino Unido -1,20%
20º Canadá -1,40%
21º Rússia -1,68%
22º Austrália -1,82%
23º Cingapura -1,95%
24º Dinamarca  -2,67%
25º Estados Unidos  -3,07%
26º Tailândia  -3,21%
27º Suécia -3,37%
28º Polônia -3,58%
29º França  -3,66%
30º Taiwan -3,95%
31º Portugal -4,20%
32º Grécia  -4,66%
33º República Checa -4,67%
34º Áustria -4,83%
35º Itália  -4,92%
36º Alemanha  -5,55%
37º Espanha  -6,00%
38º Bélgica  -6,59%
39º Holanda  -6,64%
40º Argentina  -14,16%

Juros nominais

Já considerando apenas os juros nominais, o Brasil ficou em terceiro lugar com a Selic em 13,25% – atrás da Argentina (49%) e Turquia (14%). A Suíça ficou na lanterna, com -0,75%.

Os bancos centrais estão em um ciclo de reajustes das taxas básicas de juros como uma forma de controlar a inflação. De acordo com o levantamento, de 167 países, 62,28% mantiveram os juros. Outros 33,53% elevaram e 4,19% cortaram.

No ranking dos 40 países, metade deles optaram por elevar as taxas, enquanto 47,50% mantiveram e 2,50% cortaram.

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