Brasil mantém liderança em ranking de maiores taxas de juros
Na última quarta-feira (15), o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic de 12,75% para 13,25% ao ano. Isso garantiu ao Brasil manter a liderança dos países com maiores taxas de juros reais do mundo.
O levantamento da Infinity Asset, que avalia 40 países, revela que os juros reais (ou seja, já descontando a inflação) para os próximos 12 meses serão de 8,16% no Brasil. O segundo colocado, o México, está bem atrás com 4,48%.
Na outra ponta do ranking, dos países com menores juros ante a inflação, está a Argentina com -14,16%; seguida da Holanda (-6,64%).
O Brasil assumiu o topo da lista no mês passado, quando o Banco Central reajustou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual. Na época, os juros reais ficaram em 6,41%. Até então, a liderança estava com a Rússia. Veja abaixo o ranking completo:
Posição | País | Juros reais |
1º | Brasil | 8,10% |
2º | México | 4,48% |
3º | Colômbia | 4,47% |
4º | Chile | 3,02% |
5º | Indonésia | 2,77% |
6º | Turquia | 1,98% |
7º | Filipinas | 1,21% |
8º | África do Sul | 1,15% |
9º | Índia | 1,02% |
10º | Hong Kong | 0,55% |
11º | Malásia | 0,38% |
12º | Coreia do Sul | -0,02% |
13º | China | -0,09% |
14º | Hungria | -0,37% |
15º | Israel | -0,48% |
16º | Suíça | -0,60% |
17º | Nova Zelândia | -0,79% |
18º | Japão | -1,05% |
19º | Reino Unido | -1,20% |
20º | Canadá | -1,40% |
21º | Rússia | -1,68% |
22º | Austrália | -1,82% |
23º | Cingapura | -1,95% |
24º | Dinamarca | -2,67% |
25º | Estados Unidos | -3,07% |
26º | Tailândia | -3,21% |
27º | Suécia | -3,37% |
28º | Polônia | -3,58% |
29º | França | -3,66% |
30º | Taiwan | -3,95% |
31º | Portugal | -4,20% |
32º | Grécia | -4,66% |
33º | República Checa | -4,67% |
34º | Áustria | -4,83% |
35º | Itália | -4,92% |
36º | Alemanha | -5,55% |
37º | Espanha | -6,00% |
38º | Bélgica | -6,59% |
39º | Holanda | -6,64% |
40º | Argentina | -14,16% |
Juros nominais
Já considerando apenas os juros nominais, o Brasil ficou em terceiro lugar com a Selic em 13,25% – atrás da Argentina (49%) e Turquia (14%). A Suíça ficou na lanterna, com -0,75%.
Os bancos centrais estão em um ciclo de reajustes das taxas básicas de juros como uma forma de controlar a inflação. De acordo com o levantamento, de 167 países, 62,28% mantiveram os juros. Outros 33,53% elevaram e 4,19% cortaram.
No ranking dos 40 países, metade deles optaram por elevar as taxas, enquanto 47,50% mantiveram e 2,50% cortaram.
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