Brasil está remontando um “tripé difícil de ser abalado”, avalia Felipe Miranda, da Empiricus
O Brasil está remontando o seu tripé econômico ao realizar os ajustes macroeconômicos que foram prejudicados durante os últimos anos, avalia o estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda. Segundo ele, essa combinação de fatores estruturais, junto com a recomposição das margens corporativas para níveis históricos, deve levar o mercado brasileiro para um novo nível de preços de ativos.
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“Por ora, seguimos otimistas com a tese do bull market estrutural para os mercados brasileiros. Essa reunião de juros caminhando para patamares alinhados à mínima histórica – mas desta vez de forma estrutural e responsável –, retomada de uma política econômica ortodoxa e ruptura política em direção a um governo pró mercado oferece um tripé difícil de ser abalado”, destaca Miranda em uma análise enviada para a imprensa.
Solavancos
A Empiricus avalia que março trouxe o que já era esperado para um mercado em tendência de alta, que é algum tipo de correção ao longo do caminho. “A cada vez que o mercado supera um obstáculo, passa num pequeno teste, cria-se confiança na trajetória estrutural”, explica o estrategista.
Ainda assim, Miranda continua otimista. “ Temos a alta exposição a ativos de risco preservada, contrabalanceada por uma posição importante em seguros. Esse é o tail hedging. O método mais uma vez se provou preciso. E não há motivos para desconfiar dele para os próximos meses”, ressalta.
A casa de análises independente destacou que marcou uma alta de 8,6% no primeiro trimestre de 2017 em sua Carteira Empiricus, representando 275% do CDI do período. A estratégia com opções foi a responsável por preservar a rentabilidade nos três meses, explica a Empiricus.