Impeachment

Brasil está perto de “cenário terminal” por culpa de Bolsonaro

24 abr 2020, 18:43 - atualizado em 26 jun 2020, 0:07
Jair Bolsonaro
“Parece inevitável temer que a política econômica acabe saindo dos trilhos, mais cedo ou mais tarde, por culpa do presidente Bolsonaro”, avalia a MCM (Imagem: Marcos Corrêa/PR)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, escolheu conduzir o Brasil para um caminho em que um “cenário terminal” parece cada vez mais provável, avalia a MCM Consultores em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (24) e obtido pelo Money Times.

A saída do ministro Sergio Moro do governo, nesta manhã, gerou novas instabilidades no mercado financeiro e alimentou os debates sobre um possível pedido de impeachment.

“Parece inevitável temer que a política econômica acabe saindo dos trilhos, mais cedo ou mais tarde, por culpa do presidente Bolsonaro, cuja forma de governar, especialmente diante do surto e de suas possíveis consequências econômicas e políticas, tem feito crescer as chances de materialização de ‘cenários terminais’, os quais, como ensina o passado, são usualmente marcados por enfraquecimento político e populismo econômico”, diz a consultoria.

Em um pronunciamento realizado hoje, o presidente partiu para o confronto com Moro, que o acusou durante o seu pedido de demissão de exigir o controle da Polícia Federal. “Ele [Moro] fez acusações infundadas e eu lamento. Estou surpreso e decepcionado”, afirmou.

Bolsonaro insinuou que Moro teria usado o cargo da PF como moeda de troca para uma indicação ao STF. O ex-ministro prontamente o rebateu.

“A permanência do Diretor Geral da PF, Maurício Valeixo, nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF. Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF”, disse Moro em sua conta no Twitter.

procurador-geral da RepúblicaAugusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito criminal para apurar os “fatos narrados e as declarações” apresentadas mais cedo por Moro.

Aras pediu que Moro seja ouvido no inquérito para apresentar provas que comprovem os fatos que narrou.

Sérgio Moro
“Uma polarização política mais alta aumenta os riscos de atraso nas reformas e que uma derrapagem fiscal ocorra”, disse o Bank of America (Imagem: Marcello Casal JrAgência Brasil)

Bank of America cortou a sua recomendação de compra para os títulos da dívida externa brasileira em dólar para neutra, mostra um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (24) e obtido pelo Money Times.

O banco calcula que, embora o Brasil tenha âncoras fiscais em vigor, como o limite de gastos, ainda precisa oferecer um corte “desafiador” de 1,6 ponto percentual de aperto fiscal para estabilizar seu índice de dívida.

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