Economia

Brasil errou nas políticas fiscal e monetária a partir de 2015, diz Krugman

13 dez 2018, 15:10 - atualizado em 13 dez 2018, 15:10

As políticas monetária e fiscal tomadas pelo Brasil desde 2015 para recuperar da crise foram “perversas”. A opinião é de Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia, e ressalta o trauma da hiperinflação pelos os formuladores do BaCen e da Fazenda. Em meio ao desemprego elevado, “o BC brasileiro subiu os juros em uma magnitude catastrófica”, ao mesmo tempo em que o governo implementou política fiscal contracionista, que “piorou muito o cenário”.

Para o economista, o País possui quadro de desequilíbrio fiscal que deve ser corrigido, contudo o uso das políticas de austeridade nos últimos anos foi um erro. Para superar a barreira do subdesenvolvimento, o Brasil necessita “mudar para uma economia de exportação”.

Cachorro que late não morde

Kurgman acredita que a guerra comercial entre China e EUA não será tão ruim quanto se imagina. Segundo o professor da Universidade de Princeton, o episódio envolvendo a criação do USMCA (antigo Nafta), serve como referência para reduzir o pessimismo: o que se viu concretamente foi a criação de um pacto similar em relação ao antigo – no caso do Nafta. “Acho que Trump não quer, na verdade, causar uma disrupção no comércio com a China”, afirmou Krugman, em palestra no Experience Club em São Paulo, conforme matéria veiculada no Valor.

“Dez anos atrás o mundo entrou em uma crise severa e então tivemos uma recuperação que continua até os dias de hoje e nos EUA o desemprego está mais baixo do que esteve em muitas décadas. E você pode pensar que temos alguns problemas e no fim vamos voltar ao normal, mas algo ruim está à espreita e não é uma ameaça específica, como uma recessão no segundo trimestre de 2020 ou no fim de 2019”, declarou o economista, ressaltando ainda que os bancos centrais dos países desenvolvidos não possuem muito espaço de realização para movimentos na política monetária.

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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