Brasil em deflação vai na contramão do mundo; analistas indicam investimentos para aproveitar o avanço do país
A segunda semana de julho foi marcada por dados de inflação. Na direção oposta do mundo, que sobe as taxas de juros, aqui a queda em agosto é dada como certa pelo mercado. A dúvida mesmo fica com o tamanho do corte, se de 0,25 p.p. ou de 0,50 p.p. (há quem diga 0,75 p.p.).
E para isso, o IPCA mostrando deflação de 0,08% só veio a corroborar com a tese de 50 pontos base, ainda mais em semana de mudança na diretoria do Banco Central. Gabriel Galípolo e Ailton Aquino já são os novos diretores de Política Monetária e Fiscalização.
Nos Estados Unidos a divulgação dos resultados do 2º trimestre de 2023 já começou com os famosos bancões. JPMorgan, Wells Fargo e Citi mostraram a robustez da economia norte-americana com números mais fortes que o esperado. Dados do CPI e PPI também animaram os mercados globais no correr da semana, ajudando, inclusive, a China a esquecer de seus próprios problemas. Posto que a economia por lá não cresce nem ao ritmo de tartaruga e vai precisar de mais estímulos do governo.
Para além da disputa no mínimo excêntrica entre Zuckerberg e Musk, as big techs sofreram um revés esta semana na Nasdaq. As empresas mais valiosas do mundo terão seus pesos rebalanceados pela primeira vez no Nasdaq 100 a fim de reduzir sua concentração excessiva no índice. A mudança deve ocorrer no próximo dia 24 de julho. Atualmente, as sete maiores companhias respondem por mais da metade (55%) do Nasdaq 100 e podem passar a deter “apenas” 35%.
Vamos aos destaques da semana.
Nike (NIKE34) supera Mc Donald’s (MCDC34) e está entre as 5 melhores BDRs de julho
Nike (NIKE34) desbancou o Mc Donald’s (MCDC34) na carteira de BDRs da Empiricus Research para julho. A ação que sofreu com altos valores de estoques e diminuição das margens nos últimos resultados não está sendo negociada em seu preço justo na visão de Enzo Pacheco.
O analista comenta que a única única região que não apresentou o crescimento esperado foi a China e mesmo assim apresenta bons números. Veja o vídeo e entenda porque a Nike (NIKE34) é uma das 5 melhores BDRs para se investir.
Dinheiro troca de bolso, ação de tecnologia vai “roubar” das big techs
O “rebalanceamento especial” anunciado pela Nasdaq, que deve entrar em vigor no próximo dia 24 de julho, vai fazer o dinheiro trocar de bolso, mas sem prejudicar os ETFs atrelados ao índice, disse Richard Camargo.
Para o analista, outras ações de tecnologia devem capturar o valor que as big techs perderão no Nasdaq 100. Descubra aqui a ação indicada para o setor.
Americanas (AMER3): 6 meses após escândalo debêntures e FI Infra abrem oportunidade
O evento Americanas (AMER3) não causou estragos apenas para as ações da companhia, que permanecem sendo cotadas a R$ 1 desde janeiro. A fraude também impactou diretamente o setor de crédito privado à medida que os investidores começaram a exigir muito mais para comprar dívidas das empresas.
Agora, passado o susto, o segmento volta a ter um suspiro e voltar à normalização. Para Matheus Spiess, o momento é de virada de chave para um grande ciclo que pode ser de crédito privado ao longo dos próximos meses. Confira as recomendações do analista aqui.
Assaí (ASAI3) cai 29% no ano; Ação está barata ou é hora de fugir?
O texto da Reforma Tributária aprovado na câmara dos deputados na semana passada, trouxe mudanças específicas para alguns produtos e setores. Para a cesta básica, por exemplo, as alíquotas previstas nos IVAs federal, estadual e municipal serão reduzidas a zero.
Para Fernando Ferrer, analista da Empiricus Research, o atacarejo e os frigoríficos devem ser diretamente beneficiados. Além desses, outros setores podem ter benefícios indiretos. Assista ao vídeo e saiba qual é hora de fugir ou comprar Assaí (ASAI3).
O “novo ouro”: Bitcoin (BTC) pode proteger sua carteira
O Bitcoin (BTC) deixou de ser apenas um ativo para investidores mais arrojados e passou a fazer parte até das carteiras mais conservadoras, servindo de proteção para momentos de estresse do mercado.
Se puxado pelo otimismo do mercado com possível aprovação pela SEC (CVM norte-americana) de ETFs atrelados à maior criptomoeda do mundo, o Bitcoin pode servir como reserva de valor para qualquer investidor, revelou João Piccioni no Giro do Mercado de hoje (14). Assista ao vídeo e entenda.
Até semana que vem!