Brasil eleva projeção de carga de energia em 2020, mas reduz para 2019
As projeções oficiais de carga de energia para o sistema elétrico interligado do Brasil em 2020 foram elevadas nesta quinta-feira, para alta de 4,2%, ante previsão anterior de avanço de 3,7%, segundo boletim da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e órgãos técnicos do setor.
As expectativas para 2019, por outro lado, foram reduzidas e agora apontam para crescimento de 2,1% na comparação anual, frente a estimativa anterior de alta de 2,7%.
Os novos números devem-se à incorporação de uma visão mais otimista para o desempenho da economia brasileira em 2020, com expansão de 2,3% no Produto Interno Bruto (PIB), contra PIB de 2% considerado anteriormente.
No período entre 2021 e 2024, a carga– que representa soma do consumo com as perdas na rede elétrica — deverá crescer 3,7% ao ano, apontaram as projeções, realizadas com apoio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Nos últimos dados, do final de julho, os órgãos técnicos apontavam para crescimento maior em 2022 e 2023, de 3,8% e 4,1%, enquanto a previsão para 2021 ficou estável.
A projeção é a primeira oficial para o período 2020 a 2024.
“Em termos setoriais, houve redução da indústria em função do desempenho mais fraco que o esperado da transformação e da retração da indústria extrativa”, apontaram EPE, CCEE e ONS no boletim.
Na análise por regiões, o Nordeste é a que deve ter maior aumento da carga entre 2020 e 2024, com avanço médio de 4,4% ao ano, embora ainda abaixo do ritmo de 4,5% previsto antes para entre 2019 e 2023.
O Norte, onde era prevista maior ante até 2023, de 5,4% ao ano, deverá ver aumento médio da carga menor no período 2020-2024, de 3,7%, segundo o boletim.