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Brasil e Arábia Saudita firmam parceria bilionária para fortalecer agronegócio brasileiro; o que muda?

31 jul 2023, 9:56 - atualizado em 01 ago 2023, 10:14
Carlos Fávaro Salic Brasil Arábia Saudita
Fundo saudita que detém participação na BRF (BRFS3) e Minerva (BEEF3) se comprometeu com a produção de alimentos sustentáveis do Brasil (Foto: Divulgação/Mapa)

No último sábado (29), a comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), liderada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, desembarcou na Arábia Saudita após missão no Japão.

Assim, no domingo (30), Fávaro se reuniu com o ministro de Meio Ambiente, Água e Agricultura, Abdulrahman Abdulmohsen A. AlFadley, na capital Riad.

Durante o encontro, os ministros ressaltaram os aspectos de complementaridade entre Brasil e Arábia Saudita para a formação de um grupo de trabalho visando parceria conjunta no setor agropecuário e de insumos agrícolas.

Neste sentido, eles trataram do maior programa de produção sustentável de alimentos do mundo, encabeçado pelo Mapa, para dobrar a área de produção de alimentos no país sem desmatamento.

A proposta, que contribui para o controle das mudanças climáticas e a segurança alimentar, o ministro saudita informou que sua pasta irá atuar no sentido de pavimentar o caminho para que a Companhia Saudita de Investimento Agrícola e Pecuário (SALIC) e empresas do setor privado do país ingressem na iniciativa.

Assim, vale lembrar que a Salic adquiriu, junto da Marfrig (MRFG3), 500 milhões de ações da BRF (BRFS3), em uma oferta que movimentou R$ 5,4 bilhões.

Além disso, a Salic conta com participação de 31% na Minerva (BEEF3).

Arábia Saudita e o agronegócio do Brasil

Mohammed bin Mansour Al-Mousa, CEO da Salic, confirmou o interesse em participar do programa de produção sustentável de alimentos do mundo, apresentado pelo ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro.

Além de integrar o grupo de trabalho governamental acordado entre o Mapa e o Ministério de Meio Ambiente, Água e Agricultura da Arábia Saudita (MEWA) para estruturação da parceria no programa de recuperação de pastagens, a companhia irá criar e coordenar um segundo grupo para dar continuidade às tratativas no âmbito privado, identificando empresas sauditas interessadas na proposta.

Dessa forma, o projeto desenvolvido prevê a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens, o que pode, praticamente, dobrar a área de produção de alimentos no Brasil sem desmatamento, contribuindo para a segurança alimentar do planeta e o controle das mudanças climáticas, com a redução da emissão de carbono.

Assim, outras parcerias podem ser firmadas no comércio de grãos e insumos agrícolas, inseridas na recuperação de pastagens de baixa produtividade.

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