Brasil: da indústria para o Uber
“O engenheiro que virou suco”. É cada vez mais comum encontrar motoristas de Uber e táxi que vieram do quase extinto setor industrial brasileiro; muitos vem também do setor derivado de serviços empresariais (marketing, design, TI, logística, finanças).
O efeito da destruição industrial e produtiva do Brasil é visível a olhos nus (ver região do ABC). Viramos a economia da padaria, dos cabeleireiros, das manicures e dos lojistas de shopping: serviços não escaláveis, sem produtividade, sem desenvolvimento tecnológico. Nossa sofisticação produtiva foi para o ralo, restaram os empregos “ruins”.
A Indústria é um sistema, um ecossistema; nossas plantas foram morrendo desde os 90, nossas capacidades tecnológicas foram sendo perdidas (para a Ásia) ao longo do tempo. A situação hoje é muito difícil, para retomar alguma articulação industrial faremos o quê?
Uber, maior “empregador” do Brasil
Ao perder sua indústria, o Brasil perde o principal meio de transformar conhecimento/educação/capital humano em produtos, serviços e renda! Restará um pequeno setor de serviços altamente sofisticado e complexo para fazer essa conversão. O resto será entrega iFood e motorista de Uber!