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Brasil piora e perde para Ruanda em índice dos países mais preparados para mudanças

28 ago 2019, 12:35 - atualizado em 28 ago 2019, 13:42
Mundo
No caso do Brasil, a pesquisa constatou piora na avaliação da capacidade do governo, que foi da 92ª colocação em 2017 para a 119ª neste ano (Imagem: Pixabay)

O Brasil caiu oito posições no “Índice de Prontidão para Mudanças”, elaborado pela KPMG, em comparação ao último levantamento de dois anos atrás. Dessa forma, o país ocupa a 87ª posição em um ranking que avalia o nível de preparo de uma nacionalidade para enfrentar e responder às grandes mudanças.

Ao todo, o índice avalia 140 países com base em três segmentos: empresas, governo e sociedade civil. No caso do Brasil, a pesquisa constatou piora na avaliação da capacidade do governo, que foi da 92ª colocação em 2017 para a 119ª neste ano. No segmento sobre empresas, por outro lado, houve mudança positiva na posição, tendo o país subido de 83ª para 76ª.

Suíça, Cingapura, Dinamarca, Suécia e Emirados Árabes Unidos compõem as primeiras cinco colocações do índice. O resultado, segundo Maurício Endo, sócio de Governo e Infraestrutura da KPMG no Brasil, não surpreende.

“Como esperado, a pesquisa demonstra que os países mais desenvolvidos estão mais preparados assim como os países menos desenvolvidos estão menos preparados para enfrentar às grandes mudanças futuras”, afirma Endo.

O sócio destaca a questão da mudança climática, que está entre as questões mais prementes da sociedade global atual.

“Os países que não reconhecerem o impacto dela [a mudança climática] estarão despreparados para lidar com os custos cada vez mais altos que recairão sobre seus cidadãos, suas empresas e suas economias”, explica o sócio, que acrescenta que o custo de adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento pode alcançar patamares de US$ 280 bilhões a US$500 bilhões por ano até 2050.

A União Europeia apresentou um resultado acima da média global em sustentabilidade ambiental quando comparada com as demais regiões. No setor financeiro, no entanto, a Europa registrou resultado menor do que a média global e da América do Norte.

Os Estados Unidos estão em 13º lugar no ranking global, liderando em termos de nível de prontidão para mudanças no setor financeiro. O Canadá subiu duas posições e ficou em 16º lugar. A América do Norte é líder na adoção de novas tecnologias.

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Confira a seguir o ranking completo: