Brasil abre 313.902 vagas formais de trabalho em setembro, abaixo do esperado
O Brasil abriu 313.902 vagas formais de trabalho em setembro, desempenho aquém do esperado e também inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, apontou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
Em pesquisa Reuters com analistas, a expectativa era de criação líquida de 367.409 postos. Em setembro de 2020, o resultado foi de uma abertura de 319.151 vagas, na série com ajustes.
Mesmo assim, o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, ressaltou que foi mantida a tendência de abertura de mais de 300 mil vagas ao mês.
“É a expectativa que todos nós temos de atingir números ainda maiores dentro deste 2021”, disse ele, em coletiva de imprensa.
Em setembro, todos os cinco setores pesquisados exibiram saldo positivo, com destaque para serviços, com abertura de 143.418 vagas.
Aparecem em seguido a indústria geral (+76.169 postos), comércio (+60.809 postos), construção (+24.513 postos) e agricultura e pecuária (+9.084 postos).
No acumulado do ano, foi registrado saldo positivo de 2.512.937 postos, desempenho mais forte para o período na série disponibilizada pelo ministério, com início em 2010, o que foi classificado pelo ministro como uma “demonstração clara” da recuperação da economia.
De janeiro a setembro do ano passado, houve fechamento de 558.597 postos, desempenho diretamente afetado pela pandemia de coronavírus e pelas medidas de distanciamento social que foram implementadas para frear o contágio de Covid-19.
Durante a coletiva, Onyx ressaltou que o governo também está atento à grande informalidade no Brasil e que programas estão sendo estudados para atender esse contingente.
Ao ser questionado sobre quais seriam essas iniciativas, o secretário-executivo do Trabalho, Bruno Dalcolmo, afirmou que o governo tem mantido discussões com parlamentares para retomada de alguns temas da Medida Provisória 1045.
A MP, originalmente concebida para prorrogar o programa de manutenção dos empregos criado em função da pandemia, mas que passou a incluir mudanças na legislação trabalhista, foi aprovada na Câmara dos Deputados, mas rejeitada no Senado.
O substitutivo do texto, de autoria do deputado Christino Aureo (PP-RJ), criava programas de primeiro emprego e de qualificação profissional e estabelecia restrições à Justiça gratuita.
(Atualizada às 11:37)