Economia

Braga Netto nega diferenças no governo sobre plano de recuperação pós-pandemia

22 abr 2020, 19:32 - atualizado em 22 abr 2020, 19:32
Walter Braga Netto
“Não (há contradição com a equipe econômica). O ministro Paulo Guedes estava hoje na reunião, todos os ministros foram favoráveis ao programa”, disse o general (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, negou nesta quarta-feira que haja qualquer desavença entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e demais ministros com relação ao programa de recuperação pós-pandemia apresentado pelo governo federal.

Enquanto o plano Pró-Brasil prevê investimentos pesados na retomada de obras públicas para estimular o emprego após o fim do surto de coronavírus, a equipe econômica tem se mostrado refratária à mensagem de uso de recursos públicos para alavancar a economia, e tem defendido que isso deve ocorrer através da atração de investimentos privados.

Coordenador das ações do governo federal em relação à Covid-19, Braga Netto afirmou que o plano não é somente de crescimento econômico, e disse que a pasta da Economia faz parte do programa como um todo, mas não é o foco principal.

“Isso aqui não é um programa de recuperação econômica, ele é de crescimento sócio-econômico, é para toda a infraestrutura que foi abarcada ou atingida pelo coronavírus”, disse Braga Netto em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Questionado sobre a ausência de representantes da equipe econômica na entrevista realizada pelo governo após reunião que tratou do novo plano, o chefe da Casa Civil disse que Guedes esteve presente no encontro no Planalto em que se discutiu o plano, e garantiu que houve um apoio unânime.

“Não (há contradição com a equipe econômica). O ministro Paulo Guedes estava hoje na reunião, todos os ministros foram favoráveis ao programa, foi exatamente para sensibilizá-los, sem nenhum problema”, disse.

Braga Netto também rechaçou chamar o programa de um Plano Marshall, usado pelos Estados Unidos para reconstruir a economia de países aliados após a Segunda Guerra Mundial.

O chefe da Casa Civil não quis antecipar os dados sobre potencial geração de empregos com o programa, dizendo apenas que somente um dos ministérios poderia gerar milhões de empregos.

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