Braga Netto apresenta novos comandantes das Forças Armadas e jura lealdade à Constituição
O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, apresentou nesta quarta-feira os novos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
O general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que respondia pela chefia de pessoal da Força, assume o comando do Exército.
O almirante Almir Garnier, que até então ocupava a Secretaria-Geral do Ministério da Defesa, irá comandar a Marinha.
O brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior, comandante do Comando-Geral de Apoio da FAB (COMGAP), ficará à frente da Força Aérea.
Braga Netto afirmou também que os militares se mantêm fiéis a compromissos constitucionais como a garantia da democracia.
Braga Netto disse ainda que o desafio do país no momento é o enfrentamento à Covid-19 e citou ações das Forças Armadas no combate à nova doença.
“Os militares não faltaram no passado e não faltarão sempre que o país precisar. A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira se mantêm fiéis às suas missões constitucionais de defender a pátria, garantir os poderes constitucionais e as liberdades democráticas”, disse o ministro da Defesa.
“Neste dia histórico reforço que o maior patrimônio de uma nação é a garantia da democracia e a liberdade do seu povo”, acrescentou.
Braga Netto assumiu a Defesa após o presidente pedir, na segunda-feira, o cargo do então ministro Fernando Azevedo e Silva, como parte de uma mudança em seis ministérios.
No dia seguinte, os comandantes das três forças foram exonerados. Com isso, Braga Netto anunciou novos nomes nesta quarta. Bolsonaro estaria insatisfeito especialmente com o então comandante do Exército, Edson Pujol, por não mostrar um maior alinhamento com o governo.
Os novos comandantes assumem após demissão, na véspera, dos antigos ocupantes dos postos pelo presidente Jair Bolsonaro, que também pediu o cargo do então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, como parte de uma mudança em seis ministérios.
A escolha dos substitutos nos comandos militares era aguardada com expectativa sobre eventuais mudanças na postura das Forças Armadas, em meio a desconforto e exigências do presidente por posicionamentos públicos dos militares.