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Bradesco vê Ibovespa atrativo e a 90 mil pontos em 2018

20 dez 2017, 10:34 - atualizado em 20 dez 2017, 10:34

O Bradesco acredita que o Ibovespa pode chegar a 90 mil pontos em 2018, mostra um relatório com as perspectivas para 2018 publicado nesta terça-feira (19) e obtido pelo Money Times. Segundo a análise, assinada por Daniel Altman, este nível ainda deixa o índice em um nível atrativo.

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Altman explica ter chegado neste número atribuindo 80% de chances de o cenário de ajuste fiscal ter continuidade após as eleições, o que poderia levar o Ibovespa aos 100 mil pontos, e 20% de ajuste fiscal ser interrompido. Neste caso, o Ibovespa poderia ira a 50 mil pontos.

“O valuation também parece atrativo quando vemos que o principal índice da bolsa brasileira está precificando crescimento de lucros até meados de 2019, enquanto nós esperamos que o atual ciclo de crescimento tenha duração de cinco anos”, explica o analista.

O relatório explica que nas últimas cinco eleições presidenciais, a volatilidade do Ibovespa aumentou materialmente nos seis meses anteriores ao pleito. “Se o passado for um bom padrão para o futuro, devemos esperar um aumento substancial da volatilidade do mercado de ações brasileiro ao longo de 2018”, aponta o Bradesco.

Segundo o relatório, os movimentos deverão ser mais pronunciados, à medida em que se tenha convicção de quem serão os candidatos mais competitivos na disputa.

PIB

Com o crescimento da economia mais acelerado, e com as revisões para cima das projeções nas últimas semanas, os setores que mais devem ser beneficiados são varejistas e industriais. A recuperação do PIB é o principal tema de investimento do banco.

Juros

O segundo ponto para os investimentos em 2018 é o comportamento da curva de juros. “Em nossa opinião, o declive atual reflete os riscos fiscais e políticos existentes. Portanto, o cenário de ajuste fiscal contínuo deve mitigar os riscos fiscais e políticos e reduzir a inclinação da curva de juros nos próximos 12 meses, reduzindo especialmente as taxas de longo prazo”, destaca o banco.

Os principais setores são: shoppings, concessões rodoviárias, empresas do setor elétrico e pagadoras de dividendos elevados.

Estatais

O Bradesco entende que as estatais têm um apelo menor do que a visão positiva para os setores cíclicos e outros, já que as indefinições sobre as eleições jogam uma nuvem cinza sobre as prioridades dos políticos. “De um modo geral, pensamos que a valorização das ações das empresas públicas é potencialmente atraente. Comparando setores, preferimos as empresas estatais no setor bancário em relação às empresas de utilidade pública, já que são mais cíclicas”, ressalta Altman.

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