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Bradesco segue recomendando “venda” à Embraer sob ameaça da Bombardier

18 dez 2017, 10:07 - atualizado em 18 dez 2017, 10:07

A Bradesco Corretora viu no “Dia do Investidor 2017” da canadense Bombardier mais indícios de acirramento da concorrência com a Embraer (EMBR3). Os analistas seguem com recomendação de “venda” aos papéis da fabricante brasileira de aeronaves, com preço-alvo de R$ 14.

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Em relatório enviado a clientes, Victor Mizusaki e Flávia Meireles destacam do evento a meta para 2018 de US$ 2,7 bilhões de receita e US$ 350 milhões para o Ebit (resultado operacional). Além disso, a área de jatos comerciais C-Series está com “desempenho muito forte” e o marketing e a cadeia de fornecimento da Airbus “dobraram o valor” desta família de aeronaves.

Em outubro, a Airbus e a Bombardier anunciaram uma parceria no programa de jatos C-Series, principal rival da Embraer no mercado de aviões com 100 a 150 assentos. A Bradesco calcula que a Bombardier espera alcançar uma margem Ebit de 0,5% para o segmento comercial em 2020.

“Com base nessa expectativa e considerando que o C-Series está em um estágio mais avançado e alavancará a parceria com a Airbus, acreditamos que a expectativa da Embraer de atingir altas margens Ebit é agressiva”, escrevem os analistas. Eles estimam para a Embraer 6% em 2020, ante o consenso de mercado que projeta 7%.