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Bradesco: queda da Sanepar foi exagerada e potencial beira 100%

06 abr 2017, 20:14 - atualizado em 05 nov 2017, 14:05

A forte queda das ações da Sanepar em março, que se aproximou de 24%, foi desproporcional ao noticiário sobre a companhia e não altera as boas perspectivas para a empresa de saneamento do Paraná, avalia o Bradesco em um relatório mensal no qual mantém os papéis SAPR4 em sua lista de melhores pagadoras de dividendos para abril.

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“Em nossa visão, a queda das ações foi desproporcional e vemos potencial de recuperação em seus preços, o que justifica a manutenção do ativo na carteira sugerida”, explicam. A queda do mês passado esteve se deu “claramente por conta da frustração do mercado quanto ao timing da revisão tarifária”, ressalta a corretora do banco. Enquanto os investidores esperavam que os 25,6% decididos fossem aplicados ao longo de quatro anos, o regulador optou por fazê-lo em oito.

Prêmio

“Entretanto, entendemos que o percentual concedido pela agência reguladora (Agepar) pode resultar em reflexos positivos para a empresa a médio prazo (lembrando que os valores serão corrigidos pela taxa Selic)”, avalia o Bradesco. Eles pontuam que a Sanepar merece um prêmio em sua avaliação na comparação com o setor por conta de sua maior lucratividade, quase risco zero de desabastecimento de água, despesas operacionais controladas, não ter dívida externa e baixo risco ambiental.

“A empresa tem mantido uma prática de distribuição de dividendos (payout) ao redor de 50% nos últimos seis anos e não vemos razão para isso mudar, o que também a credencia como um player de dividendos”, conclui o Bradesco. A recomendação é de compra, com um preço-alvo de R$ 21, o que sugere um potencial de valorização de aproximadamente de 96%