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Bradesco: por que a ação pode saltar 47% no ano que vem, segundo o Banco Inter

16 nov 2021, 9:51 - atualizado em 16 nov 2021, 9:51
Bradesco
O relatório calcula o preço-alvo das ações a R$ 28 diante das transformações digitais das perspectivas econômicas promissoras para 2022 (Imagem: Facebook/bradesco)

O Banco Inter (BIDI11) prevê um potencial de valorização para as 47% das ações do Bradesco (BBDC4) no próximo ano. O relatório calcula o preço-alvo das ações a R$ 28, ante os atuais R$ 20,39, diante das transformações digitais pelas quais a empresa está passando e das perspectivas econômicas promissoras para o ano que vem. 

Analistas do Inter avaliam positivamente a sinalização do Bradesco de intensificar o modelo batizado de “phygital” (fusão da atuação física com a digital), a estratégia em Big Data, e a sua evolução e transformação digital.

A aposta do banco no modelo totalmente digital surgiu inicialmente com o Next, com 7,7 milhões de clientes. Já a Ágora Investimentos atingiu o 3º lugar no ranking de custódia de pessoas físicas na B3, com 703 mil clientes. Além desses serviços, o Bradesco conta com a Bitz (carteira digital) e a digio (banco digital), que o relatório do Inter aponta como um bom complemento ao Next. 

“Apesar do nicho das três fintechs serem diferentes, entendemos que uma boa solução para redução de esforços e custos seria uma consolidação dos negócios, que o banco descarta no momento e não tem pressa.”

Segundo o próprio Bradesco, a nova cultura digital vem resultando em 3 vezes mais entregas, com redução de 40% no tempo de entrega de novas funcionalidades.

Em relação às perspectivas econômicas para o próximo ano, o relatório do Inter prevê um cenário desafiador, mas com oportunidades para o Bradesco. Dentre as preocupações para o próximo ano, o relatório cita as incertezas fiscais, a escassez hídrica e a instabilidade política em ano eleitoral como os principais fatores domésticos. 

Já no cenário internacional, a possibilidade de alta na inflação global e nos juros dos Estados Unidos, a desaceleração do crescimento da China e incertezas quanto ao fornecimento de energia no mundo repercutem em obstáculos para o banco. 

Apesar disso, ainda há oportunidades de crescimento de dois dígitos no mercado de crédito, e de uma inadimplência normalizada um pouco acima do observado em 2021. “O endividamento das empresas listadas na B3 (B3SA3) está no menor nível em 20 anos, registrando 1,5x ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação a amortização), o endividamento fica em linha com o cenário atual de inadimplência mais controlado.”

Outro fator levantado é a reabertura econômica, com a maior geração de emprego e atividade aquecida devido ao retorno pleno das atividades. “Consideramos a visão otimista e que se materializando, traz boas perspectivas para o resultado do banco em 2022, principalmente no crédito e em serviços”, finaliza.

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