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Bradesco mostra que ações de bancos são “buy & hold” novamente

27 abr 2017, 17:01 - atualizado em 05 nov 2017, 14:05

Bradesco

O resultado do Bradesco veio acima do esperado pelo mercado e o desempenho das ações (BBDC4) nesta quinta-feira reflete este cenário. Os papéis do banco chegaram a subir 3,44%, a R$ 33,66, em seu pico de alta durante o dia até agora. O lucro líquido contábil chegou a R$ 4,071 bilhões, redução de 1,2% em um ano, mas em relação aos três meses anteriores, porém, houve crescimento de 13,3%. 

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“Esse resultado veio mesmo com queda na margem financeira do banco na comparação trimestral, explicado pela queda de 2,4% na carteira de crédito do banco em três meses e pela maior participação de créditos de menor risco e, portanto, de menor spread nessa carteira, o que ‘comeu’ parte da margem financeira de juros”, ressaltam os analistas da Coinvalores Sandra Peres e Felipe Martins Silveira.

Provisões

As despesas com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, totalizaram R$ 4,862 bilhões no primeiro trimestre, queda de 12% em relação aos três meses anteriores, de R$ 5,525 bilhões. Já em um ano, quando esses gastos somaram R$ 5,448 bilhões, foi identificada redução de 10,8%.

Para os analistas do BTG Pacutal Eduardo Rosman e Thiago Kapulskis, apesar do resultado fraco nas receitas, com quedas nos empréstimos e receitas com juros na passagem trimestral, o melhor desempenho nas despesas e nas PDDs “significa que agora vemos riscos de alta para o guidance do Bradesco em 2017 (e para nossas estimativas, como estamos muito alinhados com eles)’, explicam.

Ações

Para o BTG, apesar da “estrada acidentada” e dos preços das ações mais elevados, a visão otimista é reiterada, já que os papéis do setor bancário no Brasil parecem ter se tornado bons “buy and hold” novamente.

“Com a normalização dos fundamentos macroeconômicos e dos mercados de crédito nos próximos anos, acreditamos que as rentabilidades [ROE – Return on Equty) dos bancos têm espaço para se recuperar, enquanto a percepção de risco (isto é, custo de capital) deve manter tendência para baixo, uma poderosa combinação”, afirmam.

A recomendação de compra foi reiterada. O preço-alvo proposto é de R$ 35 para 12 meses.

(Com Agência Estado)

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