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Bradesco mira em negociação de criptomoedas após tokenizar CCB de R$ 10 mi

17 jan 2023, 13:34 - atualizado em 17 jan 2023, 13:34
Bradesco criptomoedas
A ideia é mirar em plataformas de negociação de criptomoedas, fundos de investimentos e outros produtos derivados dos ativos digitais (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

O Bradesco demonstrou nesta terça-feira (17) interesse em começar a oferecer negociação de criptomoedas, conforme matéria do Valor Econômico. A notícia vem dias após a tokenização de uma CCB no valor de R$ 10 milhões realizada pelo banco.

Em entrevista ao Valor, André Bernardino, diretor de ações e custódia do Bradesco, comenta que a entrada dos bancos no mercado criptoativos é uma tendência que está se materializando.

“Esse mercado já chegou e chegou para ficar. Abrir para negociação de criptomoedas é algo que está dentro dos nossos planos. A CVM [Comissão de Valores Mobiliários] autorizou que fundos invistam em cripto e o Bradesco é um dos maiores administradores de fundos do Brasil”, defende.

A ideia é mirar em plataformas de negociação de criptomoedas, fundos de investimentos e outros produtos derivados dos ativos digitais.

Tokenização de CCB

A tokenização da CCB do Bradesco foi realizada em conjunto com a Bolsa OTC, plataforma de negociação de ativos digitais regulados em formato de bolsa. 

Para Verdi Monteiro, CRO da Bolsa OTC Brasil, a colaboração entre as instituições responsáveis pela tokenização vem evidenciar como a tecnologia de ledger distribuído (DLT) pode revolucionar o registro e negociação de ativos no mercado financeiro brasileiro.

Jefferson Bergamo, COO da Bolsa OTC Brasil, destaca que a primeira tokenização de uma CCB dentro do ambiente regulado pelo Banco Central do Brasil reforça a sofisticação e o poder de inovação do sistema financeiro brasileiro. Segundo ele, por meio da tecnologia DLT, cresce a diversificação, distribuição, qualidade e segurança dos produtos.

“Essa operação permite a captação de funding por empresas a um custo menor, com uma segurança maior do que nos mercados tradicionais, aumentando ainda as possibilidades de liquidez de um mercado secundário de títulos privados no Brasil”, diz Bergamo.

Entenda como funciona

O processo de tokenização da emissão primária foi conduzida pela Bolsa OTC Brasil por meio da plataforma DLT Corda Enterprise, desenvolvida pela R3, “pois atendeu os requisitos de privacidade que o mercado regulado exige”, avalia Nayam Hanashiro, CTO da Bolsa OTC Brasil. 

O diretor de Sales Engineering da R3 no Brasil, Luiz Jeronymo, destaca o caráter inovador do projeto. Além disso, ele ressalta o alinhamento com as características da plataforma Corda.

“Mais uma vez vemos como o Corda se diferencia em ambientes regulados, garantindo a eficiência da negociação de um ativo tokenizado e a privacidade da transação e de seus participantes”, afirma.

A infraestrutura da Bolsa OTC Brasil, inclusive a rede Corda Enterprise operada, foi hospedada na AWS. “Os componentes e serviços utilizados garantiram a resiliência e segurança da operação”, afirma Hanashiro.

A solução da Bolsa OTC Brasil contou também com o apoio da empresa especialista em sistemas de negociação e tokenização de ativos digitais, 7COMm na entrega das aplicações Web e Blockchain.

Confira a entrevista do Crypto Times com Kenji Sakai, membro dop conselho na Bolsa OTC:

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