Bradesco e Itaú vão pular fora do IRB?
O BTG Pactual (BPAC11) está bem menos empolgado com as perspectivas do IRB (IRBR3) do que os investidores que levaram o papel a subir 60% nos últimos 30 dias. Segundo o banco, quem compra o papel o encara como uma ação defensiva, nestes turbulentos tempos de coronavírus.
O problema é que quem entende profundamente o mercado financeiro está pulando fora. Os dois maiores bancos privados do Brasil, o Itaú Unibanco (ITUB4) e o Bradesco (BBDC4), apresentaram a renúncia de seus representantes aos assentos que detinham no conselho de administração da resseguradora.
Atualmente, o Bradesco detém 15,23% das ações do IRB, e o Itaú, 11,4%. “No passado, tanto o Bradesco, quanto o Itaú disseram que suas fatias no IRB eram estratégicas, por isso, nos espantamos com o que aconteceu agora”, afirmam Eduardo Rosman e Thomas Peredo, que assinam o relatório.
Cogitação
“Sem contar com representantes diretos no conselho de administração, deveríamos esperar que Itaú e Bradesco vendam suas posições no mercado, uma vez que a volatilidade diminua?”, indaga a dupla.
Outra questão apontada pelo BTG Pactual é a disparada das ações do IRB nos últimos 30 dias. Embora os analistas afirmem que tendem a concordar com a tese de ação defensiva, os analistas lembram que o papel oferece pouca visibilidade.
Após tantas mudanças recentes na direção da companhia, o BTG não tem certeza sobre o nível de lucratividade do IRB, argumenta o BTG. Por isso, o banco reforçou sua recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 15.