Bradesco e Itaú pretendem não vender ações do IRB Brasil, diz Estadão
Ao contrário do inicialmente planejado, o Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) não devem vender, neste momento, suas participações no IRB Brasil (IRBR3). Os bancos privados estão em negociação para um período de lockup depois da oferta bilionária que será realizada pela União e pelo Banco do Brasil (BBAS3). As informações são da edição desta quarta-feira da Coluna do Broad, do Estadão.
O mecanismo em questão tem como objetivo proibir que acionistas e administradores vendam suas ações depois de uma oferta subsequente na bolsa. O período dessa proibição costuma ser de 180 dias a dois anos, sendo que, de acordo com a publicação, o mais provável é que seja adotado o prazo mínimo.
O maior obstáculo, segundo o jornal, é que o lockup não é um consenso entre os sócios da companhia. O que acontece é que, mesmo com Itaú e Bradesco comprometidos em assinar o termo, há quem defenda que os privados são apenas investidores do IRB, estando, desta forma, livres para vender suas fatias a qualquer momento.
A coluna destaca que esse prazo é apontado pela equipe econômica do governo como essencial para que a União e o BB façam a oferta do ressegurador, que deve movimentar cerca de R$ 8 bilhões. O mecanismo atua ajudando a proteger o valor do ativo, o que reduz possíveis pressões do mercado, que temem uma eventual saída dos bancos privados do negócio.