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Bradesco cria corretora “prime” para fundos de investimento

17 dez 2019, 11:16 - atualizado em 17 dez 2019, 12:01
Bradesco
Segundo o vice-presidente responsável pelo banco de atacado do Bradesco Os serviços incluem aluguel de títulos, execução de ordens de compra ou venda alavancadas e gestão de caixa (Imagem: Gustavo Kahil/ Money Times)

O Banco Bradesco, (BBDC4) segundo maior banco do Brasil em valor de mercado, está iniciando uma área de prime brokerage para atender à crescente indústria de fundos multimercado do país.

Os serviços incluem aluguel de títulos, execução de ordens de compra ou venda alavancadas e gestão de caixa, disse Marcelo Noronha, vice-presidente responsável pelo banco de atacado do Bradesco, sediado em Osasco. A área também faz custódia e serviços de conta corrente, incluindo extratos diários, disse Noronha.

“Unificamos todos os serviços para fundos de investimento em uma única unidade, incluindo serviços bancários tradicionais, a fim de ter um melhor relacionamento com eles”, disse Noronha em entrevista. “Estamos expandindo a equipe para atender esses clientes institucionais.”

As baixas taxas de juros do país estão levando investidores a buscar rendimentos mais altos, com vários deles recorrendo a fundos multimercado e de ações. A indústria de fundos do Brasil teve ingressos líquidos de R$ 235,8 bilhões este ano até outubro, elevando o total de recursos sob gestão ao recorde de R$ 5,33 trilhões, segundo a associação do mercado de capitais Anbima.

O Banco Central reduziu os juros básicos do país em 200 pontos-base desde julho, para um recorde de 4,5%.

O Bradesco está reformulando todo o seu negócio de atacado, ampliando a digitalização e empregando especialistas em dados para melhorar a qualidade dos ratings de crédito dos clientes.

Banco Central
O Banco Central reduziu os juros básicos do país em 200 pontos-base desde julho, para um recorde de 4,5% (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Noronha disse que há uma oportunidade para os grandes bancos no crédito às grandes empresas, já que os fundos de investimento têm pedido spreads mais altos.

A demanda pelos empréstimos bancários vinha modesta com as grandes empresas vendendo títulos de dívida no mercado ou ações. A carteira de crédito corporativo do Bradesco cresceu 4,8% nos 12 meses encerrados em setembro, para R$ 250,3 bilhões.

“Dados os maiores spreads solicitados pelos gestores de fundos desde novembro, algumas empresas que não precisam de financiamento apenas esperam, mas outras podem vir até nós e obter uma linha de crédito de curto prazo até que o mercado local de títulos melhore novamente”, disse Noronha.

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