Bradesco BBI não vê grandes impactos no agronegócio americano com tarifa de Trump sobre Canadá e México; entenda
O Bradesco BBI não espera que a imposição de tarifas de Donald Trump para Canadá e México cause amplos impactos no agronegócio americano. Analisando o consumo dos Estados Unidos (EUA), o banco vê o segmento de carne bovina mais exposto ao risco.
Com a tarifa de 25%, analistas destacam a incerteza sobre quem poderia ser prejudicado: o consumidor dos EUA (devido a preços mais altos da carne bovina); o produtor canadense e mexicano (por meio de preços mais baixos do gado); ou embaladores (agentes intermediários desta cadeia de valor).
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Em relatório divulgado junto da Ágora Investimentos, o banco vê um possível impacto de curto prazo sobre os processadores, em caso de desaceleração nos volumes de abate. Contudo, com menor oferta, os preços para o consumidor tendem a subir.
Neste cenário, empresas como JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) correm riscos limitados. Analistas ainda citam que as margens operacionais para a maior parte da indústria já estão próximas de um ponto de equilíbrio, de acordo com resultados recentes.
Impactos no segmento agrícola
Em relação ao segmento agrícola, o BBI afirma que as importações de fertilizantes representam entre 25% e 30% do consumo total dos EUA, com o Canadá representando cerca de 50% disso.
O insumo mais afetado pode ser o potássio, já que os EUA importam 97% do que é utilizado, com a maioria partindo do Canadá. Ainda assim, o fluxo de importação entre os dois países representa apenas cerca de 14% do uso total de fertilizantes dos americanos.
Portanto, analistas acreditam que mesmo com uma tarifa de 25%, o impacto nos custos gerais de produção dos EUA seriam pequenos, especialmente porque os fertilizantes representam de 20% a 35% dos custos operacionais das principais culturas.
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