Bradesco (BBDC4) vê 3 gatilhos para ‘não deixar a peteca cair’ em 2025

Após uma safra de resultados ruins, o Bradesco (BBDC4) está disposto a virar a página. O mercado até ficou otimista com o banco, porém com a piora do cenário econômico, a ação voltou a ficar com um risco recompensa ruim.
O banco se reuniu com analistas na última semana para dar mais clareza a investidores sobre os gatilhos de crescimento. Em relatório, o Safra diz a instituição citou três avenidas. São elas:
- direção macroeconômica;
- melhoria operacional consistente;
- e implementação do plano estratégico.
“Os executivos reforçaram a projeção para 2025 e ajudaram os investidores a entender os fatores que impulsionam o crescimento mais forte da receita implícito nas previsões do banco, especialmente um ambiente mais favorável para o repasse de spreads e a otimização do financiamento”.
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Para 2025, o Bradesco prevê entregar resultados dentro do ponto médio da projeção (cerca de R$ 22,3 bilhões).
No guidance fornecido para o mercado, a principal dúvidas dos analistas é a Margem Financeira Líquida (NII), que precisaria crescer em torno de dois dígitos médios para atingir o ponto médio da NII pós-provisão.
Com os bancos adotando uma postura mais conservadora, a percepção inicial é que os empréstimos cresceriam bem acima do crédito sem garantia, impactando as margens financeiras (NIMs). Porém, André Carvalho (Diretor de RI) tratou de acalmar os ânimos ao afirmar que:
- o impacto do ambiente de alta taxa de juros em segmentos como construção, veículos e demanda por bens de capital, deve reduzir a originação dessas linhas de crédito; e
- o ambiente favorável é atual para o repasse de spreads mais altos no “front book”, dada a demanda ainda aquecida.
Bradesco: Tudo sob controle
O Bradesco também reforçou que inadimplência tem sido controlada, e o custo de risco deve permanecer em torno de 3% no ano.
No entanto, o Safra diz há uma percepção natural de que spreads mais altos podem preceder um aumento nos NPLs (créditos inadimplentes) até o final do ano, embora sempre dentro dos limites e da exposição ideal estabelecidos pelos comitês de crédito.
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No segmento de pequenas e médias empresas (PMEs), mais arriscado, ajustes de exposição estão em andamento, indicando que o banco já vinha adotando uma postura mais cautelosa nesse setor e agora vê um cenário um pouco mais desafiador para o segmento de mercado médio em 2025.