Bradesco (BBDC4) ou Santander (SANB11)? Qual banco foi melhor (ou menos pior) no 1T23
O balanço do primeiro trimestre de 2023 do Bradesco (BBDC4) foi superior ao do Santander (SANB11) no mesmo período, afirma a analista da Empiricus Research, Larissa Quaresma.
A analista explica que se normalizado o efeito do imposto de renda nos resultados de ambos os bancos, o Santander sentiria um maior baque nos números.
Enquanto o lucro líquido do Bradesco seria 28,6% menor — de R$ 3 bilhões frente aos R$ 4,2 bilhões reportados —, o Santander sairia com prejuízo, frente o lucro de R$ 2,1 bilhões divulgado.
Além disso, Quaresma destaca que, diferente do Bradesco, o Santander sofreu com reversão de provisão nos três primeiro meses do ano.
Apesar da comparação, a analista da Empiricus reitera que ambos os bancos não apresentaram bons números no trimestre. Segundo ela, há uma “discrepância muito grandes” entres os ‘bancões’ brasileiros, sendo que Bradesco e Santander ocupam o lado negativo e Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) o positivo.
Bradesco no 1T23
Quaresma, da Empiricus, destaca que os números do Bradesco no primeiro trimestre do ano vieram “marginalmente acima da expectativa”.
A surpresa positiva foi ajudada por um provisionamento menos conservador para inadimplência e por uma alíquota de imposto de renda menor, diz a analista.
Já carteira de crédito expandida ficou em R$ 879 bilhões, contração de 1% ante o trimestre passado, e expansão de 5% na comparação anual. “O desempenho tímido é uma estratégia intencional do banco, que tem adotado uma abordagem mais conservadora”, explica.
Do lado negativo, a inadimplência, por sua vez, sobe em ritmo acelerado. De acordo com Quaresma, a deterioração continua sendo causada pelas linhas à pessoa física e às pequenas e médias empresas.
A despesa de inadimplência foi de R$ 9,5 bilhões, crescimento anual de 97%. “A situação dos calotes não indica sinais de melhora tão cedo”, afirma a analista.