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Bradesco (BBDC4): O que esperar do 3T22, após resultados ruins do Santander (SANB11), segundo a Genial

27 out 2022, 13:59 - atualizado em 27 out 2022, 14:00
Bradesco
A inadimplência afeta sobretudo o Bradesco e o Santander, segundo a Genial. (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O Bradesco (BBDC4) deve registrar uma alta de 1,2% no lucro líquido recorrente do terceiro trimestre deste ano, comparado como mesmo período de 2021, para R$ 6,847 bilhões, prevê a Genial Investimentos.

A inadimplência deve continuar afetando os bancos em geral, segundo a corretora. Contudo, diz a Genial, o movimento deve ser mais visível para o Bradesco e o Santander (SANB11) – que apresentou resultados mal avaliados pelo mercado – por terem uma carteira de crédito concentrada em pessoa física (PF).

A Genial espera um crescimento de provisão para devedores duvidosos (PDD) acima do guidance este ano, crescendo 39,8% em 2022. Para o trimestre, a estimativa é uma despesa de provisão de R$ 5,34 bilhões, crescendo 59,3% na base anual.

Para a corretora, o que impulsiona a elevação de PDD é a alta exposição em crédito de pessoa física do banco – que mostra níveis de inadimplência maiores, segundo a Genial.

A corretora espera que a instituição termine o ano com uma provisão para crédito duvidoso um pouco acima do guidance de R$ 17 bilhões para R$ 21 bilhões.

Tesouraria pressiona

A receita da margem com o mercado (tesouraria) deve continuar negativa neste trimestre, na perspectiva da Genial. O desempenho deverá vir afetado pela marcação negativa à mercado de títulos como consequência da rápida subida da Selic, segundo a corretora.

“Esperamos melhora nessa linha apenas em 2023, com a estabilização e eventual queda das taxas de juros“, avaliam os analistas da corretora.

A Genial estima que a carteira avance 11,5% no 3T22 e cresça 11% este ano, “caindo em relação ao 2T22, por conta de tough comps (forte base comparativa) no 3T21″.

Perspectiva ainda é boa

No longo prazo, Genial continua esperando por melhorias no resultado de intermediação financeira (NII) e a normalização do resultado de seguros – segmento que ainda apresenta sinistralidade acima do histórico, segundo a corretora.

“Desse modo, reiteramos a nossa recomendação de ‘compra‘, com 6,52 vezes o preço sobre lucro (P/L) para 2023 e 1,11x preço sobre valor patrimonial (P/VP), acrescida de uma atualização de preço-alvo de R$ 21,40 para R$ 24″.

A corretora elevou o preço-alvo com base no modelo de gordon growth, considerando um retorno sobre patrimônio (ROE) de longo prazo de 19%, taxa de crescimento nominal de 8,5% e um custo de capital (KE) de 15,55%.

O banco divulga o balanço do 3T22 na segunda semana de novembro, na terça-feira (8), após o fechamento do mercado.

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