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Bradesco (BBDC4): O que esperar do 2T23, após tombo no início do ano?

02 ago 2023, 19:30 - atualizado em 02 ago 2023, 16:46
Fachada de uma agência do Bradesco (Kaype Abreu/ Money Times)
Bradesco deve registrar outro aumento significativo na taxa de inadimplência no 2T23, dizem analistas. (Kaype Abreu/ Money Times)

O Bradesco (BBDC4) ainda deve apresentar uma recuperação tímida no balanço do segundo trimestre de 2023, que será divulgado nesta quinta-feira (3), depois do fechamento do mercado, avaliam analistas.

Consenso reunido pela Refinitiv aponta para um lucro de R$ 4,5 bilhões, o que representaria uma queda anual de 36%, depois de uma baixa de 37% nos três primeiros meses de 2023 – considerando também o mesmo período do ano anterior.

O segundo trimestre de 2023 foi marcado pela disparada do Ibovespa, que saiu da mínima em 23 de março, aos 96,9 mil pontos, para os 118,0 mil pontos no final de junho, acumulando uma alta de 21,7%.

Segundo a Genial Investimentos , o Bradesco deve apresentar uma margem com clientes (NII clientes) impactada pelo baixo crescimento da carteira de crédito e introdução de produtos mais conservadores com o objetivo de amenizar os níveis de inadimplência do banco.

“Esperamos também que as receitas com tarifas continuem fracas com o mercado de capitais mais restrito. As provisões de devedores duvidosos (PDD) devem continuar em patamares elevados com a inadimplência ainda em alta”, disse em relatório assinado por Eduardo Nishio e equipe.

Para a XP Investimentos, o Bradesco deve registrar outro aumento significativo na taxa de inadimplência no 2T23, de 0,7 ponto, para 5,8%, desacelerando marginalmente em comparação com o trimestre anterior. “Isso deve levar o banco a reportar um índice de cobertura próximo a 179%”, disse.

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O Inter Research citou algum efeito positivo dos resultados de marcação a mercado de ativos disponíveis para venda vindo da queda dos juros.

“A tesouraria ainda negativa deve ter algum alívio com a curva fechando no trimestre, mas não esperamos um ROE normalizado por enquanto [a expectativa é de 12%, ante de 18% de um ano atrás], levando em conta os desafios que o banco ainda enfrenta na qualidade de crédito”, destacou.