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Bradesco (BBDC4): Números tenebrosos ou salvação? Veja o que esperar do resultado de amanhã

01 maio 2024, 17:00 - atualizado em 01 maio 2024, 17:05
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O consenso de mercado compilado pela Bloomberg espera lucro líquido de R$ 3,8 bilhões (Imagem: Facebook/ Bradesco)

O Bradesco (BBDC4) divulga os seus números do primeiro trimestre na próxima quinta-feira (2). Nas últimas cifras, o banco deixou a desejar, com cifras que afastaram investidores.

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O analista Eduardo Nishio, e equipe, que assinam relatório da Genial Investimentos publicado na última quinta-feira (18), avaliam que uma melhora no próximo balanço será impulsionada principalmente pela redução das provisões para devedores duvidosos.

Para o primeiro trimestre de 2024 (1T24), a casa projeta um lucro de R$ 3,85 bilhões, expansão de 34% trimestre/trimestre, porém com uma queda de 10% ano/ano. A rentabilidade deve continuar em patamares fracos, em torno de 9,5% nesse começo de ano, avaliam.

Nishio destaca que a evolução nestes primeiros três meses do ano já era esperada, considerando que o quarto trimestre de 2023 (4T23) foi impactado por algumas despesas adicionais para reforço do balanço.

“O Bradesco provisionou R$ 2,5 bilhões na carteira de atacado no 4T23 que foram contabilizados como recorrente. Além disso, o banco provisionou antecipadamente R$ 1 bilhão em despesas de reestruturação e R$ 1 bilhão em despesas cíveis, ambos tratados como não recorrentes”, explica o analista.

Já os analistas da XP veem uma redução de 1,4% A/A (+1,0% T/T) na carteira de crédito do banco neste trimestre, refletindo concessões de crédito conservadoras e um início de ano lento.

“Esperamos que o Bradesco apresente um decréscimo de 1% em relação ao ano anterior (+2,2% T/T), influenciado por spreads mais apertados e um mix de crédito defensivo”, pondera.

Os analistas acreditam em um aumento marginal na taxa de inadimplência no 1T24 (10bps para 5,3%) devido à sazonalidade.

Segundo o Safra, no caso do Bradesco, o foco deverá estar na qualidade dos ativos, com a expectativa de base dos lucros de 2024 próxima dos R$ 18,5 bilhões.

“As receitas provavelmente serão pressionadas devido a spreads mais baixos, uma base de comparação ainda difícil e um crescimento de empréstimos anual de 2%, enquanto os custos deverão atingir um nível mais elevado após a implementação do novo plano estratégico”, afirmam os analistas.

O consenso de mercado compilado pela Bloomberg espera lucro líquido de R$ 3,8 bilhões.