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Bradesco (BBDC4) no 2T24 ainda deve ficar aquém dos concorrentes, diz Genial

23 jul 2024, 16:26 - atualizado em 23 jul 2024, 16:26
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Corretora projeta que as provisões de crédito do Bradesco alcancem R$ 8,5 bilhões. (Imagem: Kaype Abreu/Money Times)

O Bradesco (BBDC4) deve apresentar uma rentabilidade (ROE) de 10,9% no segundo trimestre, baixa anual de 0,57 ponto percentual, ainda aquém dos principais concorrentes, que operam acima de 20%, disse a Genial Investimentos.

A corretora projeta lucro líquido de R$ 4,4 bilhões no segundo trimestre, queda de 2,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com relatório assinado por Eduardo Nishio e equipe. O Bradesco divulga o balanço no próximo dia 5.

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Para analistas da Genial, o destaque do segundo trimestre será a receita de juros com cliente (NII clientes). A linha, disseram, deve crescer 4,8% na base trimestral, após vários trimestres em contração, mas ainda com queda de 8,6% na base anual, totalizando R$ 15,2 bilhões.

O avanço trimestral, segundo eles, deve se dar pela retomada da originação em linhas de crédito de maior risco, melhorando o spread (NIM) da carteira. A NII clientes é vista como fundamental para que o banco retome rentabilidade de forma sustentável.

A Genial ainda projeta que as provisões de crédito do Bradesco alcancem R$ 8,5 bilhões, um aumento de 9,2% t/t devido ao crescimento em linhas mais arriscadas, mas ainda registrando uma queda de 17,3% a/a.

O que esperar do restante do ano para o Bradesco

A Genial diz esperar que a rentabilidade do Bradesco retorne com o crescimento do crédito e a melhora da margem de juros (NIM) à medida que o banco expanda em linhas de maior risco, com a redução das provisões para crédito duvidoso e a contenção de despesas.

“O processo de reestruturação levará tempo, com a maior parte dos resultados positivos sendo capturados em 2025 e 2026″, sublinham os analistas, que afirmam ser otimistas com a ação.

“Com grande base de clientes, ampla rede de distribuição nacional, capital robusto e marca forte, acreditamos que o banco eventualmente recuperará sua rentabilidade para pelo menos um pouco acima do custo de capital de 14-15%, mesmo que a execução da reestruturação não seja transformacional”, disseram.

A corretora afirma que ação do banco negocia a múltiplos “atrativos” de 0,8x P/VP 2024e e 5,8x P/L 2025e. A recomendação segue como “compra”, a preço-alvo de R$ R$ 17,00, o que representa um potencial de valorização de 34%.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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